Familiares, amigos e admiradores prestam a última homenagem ao cientista Ricardo Ferreira

Familiares, amigos e admiradores – entre eles o presidente da Facepe, Diogo Simões – foram ao local para se despedir do cientista, de 85 anos, que morreu ontem, em sua residência, no bairro de Casa Forte, em Recife. Os restos mortais do cientista foram cremados no início da tarde desta quarta.

 

Recife, quarta-feira, 31 de julho de 2013

O pesquisador morreu em casa, ontem pela manhã

Por Marcos da Silva

O corpo do pesquisador Ricardo Ferreira foi velado durante toda a manhã desta quarta-feira, 31, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Familiares, amigos e admiradores – entre eles o presidente da Facepe, Diogo Simões – foram ao local para se despedir do cientista, de 85 anos, que morreu ontem, em sua residência, no bairro de Casa Forte, em Recife. Os restos mortais do cientista foram cremados no início da tarde desta quarta.

Conhecido internacionalmente por seu trabalho como escritor, pesquisador e professor de renomadas instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife; Indiana University, Columbia University e Farlhan College, nos Estados Unidos, o doutor em química Ricardo Ferreira era respeitado por todos por sua competência profissional, generosidade e simpatia.

Depoimentos - “Ricardo marcou minha vida desde a adolescência, época em que li um manual de química, escrito por ele e Manuel Silva. Cheguei a pensar em cursar química, mas me convenci de que a minha vocação era a medicina. Convicto defensor do socialismo, Ricardo Ferreira foi um investigador e pensador de ponta que ajudou a formar outros pensadores aqui e fora do País”, destacou o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira.

“Um exemplo a ser seguido por professores e alunos”, resumiu o físico e ex-secretário das pastas de Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Anderson Gomes.

“Escrevi dois livros com Ricardo: “Mecânica Quântica” e “Simetria e Mecânica de Reações”. Fomos amigos por mais de 50 anos. Fui assistente dele nas escolas de Engenharia e Química e também aluno dele de pós-graduação, na cadeira de Mecânica Quântica. Ele me tinha como filho. Considero Ricardo, a maior expressão da fisicoquímica de toda a história da universidade brasileira”, disse o químico Roberto Kramer. 

“Ele era um professor espetacular. Na minha opinião, o maior cientista que o Brasil já teve. Escreveu trabalhos sobre muita coisa: física, química… Influenciou todos os que o conheceram”, lembrou o amigo, primeiro mestre em Química formado pelo professor Ricardo Ferreira e diretor científico da Facepe, Arnóbio Gama. 

Vida – “Aprendi muito com ele nos 17 anos em que moramos na mesma casa. Tenho muito orgulho dele. Dedicou a vida à ciência e sempre tratou as pessoas de forma igualitária, do presidente da República ao mendigo. Meu avô ainda guardava as cartas que trocou com a esposa enquanto namorados”, revelou o neto de Ricardo Ferreira, Pedro.

Ricardo Ferreira foi casado durante 57 anos com a dona de casa, Rosa Maria, também falecida. Entre namoro e casamento, os dois conviveram juntos por 64 anos. O pesquisador era professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), doutor honoris causis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF); membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1977; presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

Em 1996, recebeu do CNPq o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, considerado o maior prêmio da ciência brasileira. Ferreira foi pesquisador nível IA do CNPq desde 1976, passando a pesquisador emérito a partir de 2007.

Prêmio – Como reconhecimento da contribuição do pesquisador à ciência brasileira, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) criou, em 1997, o Prêmio Ricardo Ferreira, distribuído por ocasião das jornadas de Iniciação Científica promovida pela Facepe.

“A disciplina que mais marcou a minha vida na universidade foi História da Química, onde o professor Ricardo contava o que viveu na área. Pela importância dele para a ciência, a Facepe foi muito feliz em homenageá-lo em vida. Ele era a pessoa mais humilde do Mundo. Sempre disponível para ajudar as pessoas”, destacou o ex-aluno e atual gestor de programas de ciência, tecnologia e inovação da Facepe, Jayme Ribeiro.

 

Morre Ricardo Ferreira, um dos maiores cientistas do Brasil

Recife, terça-feira, 30 de julho de 2013

“Estudem, não apenas Química, mas também Matemática, Física, Português, História. Formem uma concepção racional do mundo. Adquiram uma cultura razoável nas artes, para que a vida seja prazerosa”, disse Ricardo, dirigindo-se a todos os jovens químicos do Brasil (entrevista exclusiva extraída de: R.F. de Farias, Para Gostar de ler a História da Química, vol. 2, Editora Átomo, Campinas, 2004.

 

O Brasil perdeu, na manhã desta terça-feira (30), um dos maiores nomes da ciência do País, Dr. Ricardo Ferreira. Um dos principais articuladores da comunidade científica e sociedade em torno da criação da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) em 1989, e membro do seu Conselho Superior nos anos de 1990 e 1991, professor Ricardo faleceu em sua casa, no Bairro de Casa Forte (Recife/PE), aos 85 anos. O corpo será velado nesta quarta-feira (31), a partir das 09h30, no Cemitério Morada da Paz (Região Metropolitana do Recife), e cremado às 14h, no mesmo local.

Ricardo de Carvalho Ferreira nasceu no Recife em 1928, filho de Antonio Ferreira (representante comercial) e Luiza de Carvalho Ferreira (professora pública entre 1915-1922). Em 1946 entrou para o Instituto de Química da USP, mas tendo se tornado um “dropout” em 1949, terminou bacharelando-se em Química pela Universidade Católica de Pernambuco (1952). No início de 1957 fez concurso para Livre-Docente na UFPE, recebendo também o título de D.Sc.

Com bolsa do CNPq passou este ano no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), trabalhando com J. Danon, seu verdadeiro orientador científico. Em 1958, através de Harry Miller, recebeu uma bolsa Rockefeller e esteve em Pasadena trabalhando com N.Davidson (1959-1960).

Em 1961 voltou ao CBPF, por convite de J. Danon, integrando um pequeno grupo de Química Teórica com Mário e Myriam Giambiagi. Desta interação resultou o primeiro trabalho em Química Quântica realizado inteiramente no Brasil, com um computador do IBGE; a molécula estudada foi a de piridina.

Em 1963, depois de se tornar Professor Titular na UFPE, passou um ano como Professor Visitante na Indiana University, que mantinha convênio com a recém-criada UNB. Tendo ocorrido o Golpe de Estado de 1964, ficou nos Estados Unidos: Indiana (1964), Columbia University (1965), e no Farlham College (1967-1971).

Esteve sempre engajado em métodos semiempíricos de Química Quântica, tendo usado o conceito de eletronegatividade para estudar propriedades moleculares. Em 1967 publicou um artigo de revisão sobre o assunto no Adv. Chem. Phys.

Voltando ao Recife, foi convidado, em 1973, para integrar o novo departamento de Física da UFPE. Pôde, então, orientar alunos de pós-graduação, entre eles, o atual diretor-científico da Facepe, Arnóbio Gama, primeiro mestre formado sob sua orientação. Passou a trabalhar em problemas mais tipicamente de Física Atômica-Molecular (simetria de orbitais, moléculas em campos magnéticos intensos etc.). Com a criação, em 1983, do Departamento de Química Fundamental, e depois de passar 7 anos entre a UFSCarlos e o CBPF, voltou a integrar o Corpo Docente do novo Departamento em 1986.

Na terceira estada no CBPF (1980-1985) passou a se interessar por problemas de Biologia Molecular, nos quais continuava trabalhando ultimamente. Publicou, então, uma teoria sobre a oxigenação da hemoglobina (com S. Jacchieri) e vários trabalhos sobre Biogênese, inicialmente com a notável colaboração de C. Tsallis.

Em 1990 publicou pela EDUSP-ED. UNB, um livro sobre “Bates, Darwin, Wallace e a Teoria da Evolução”. Este livro lhe deu grande satisfação e muito trabalho. Publicou, também, vários trabalhos sobre História da Ciência, resenhas de livros etc., notadamente em Ciência e Cultura.

No ano de 1997, a Facepe Instituiu o Prêmio Ricardo Ferreira, um reconhecimento em vida a um dos mais importantes cientistas pernambucanos da atualidade, pela enorme contribuição para a ciência brasileira. O prêmio foi criado com o objetivo de reconhecer a excelência da produção científica de pesquisadores de Pernambuco e tem sido regularmente concedido aos melhores trabalhos apresentados nas jornadas de Iniciação Científica da Fundação.

Ricardo Ferreira recebeu inúmeros prêmios pela sua vida voltada para a ciência, principalmente nas áreas de Física, Química e Biologia. Aposentado em 1994, continuava trabalhando, e como Pesquisador do CNPq orientava bolsistas de Doutorado e de Mestrado.  Em 1995 e 1996, o Governo Federal, via MCTI-CNPq concedeu-lhe duas honras acadêmicas: a Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e o Prêmio Álvaro Alberto (1996), que jamais esperou receber.

Ricardo Ferreira era professor emérito das universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal de Alagoas (UFAL), doutor honoris causis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1977.

Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), era pesquisador nível IA do CNPq desde 1976, passando a pesquisador emérito a partir de 2007.

Ricardo Ferreira era casado com Rosa Maria Ferreira e deixou quatro filhos.


Títulos

Bacharel (Ciências químicas) – Universidade Católica de Pernambuco, UNICAP – 1952.
Doutor (Ciências) – Universidade Federal de Pernambuco, UFPE – 1957.
Livre-docente – UFPE – 1957.
Research Fellow – California Institute of Technology – 1959.
Professor adjunto – Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF – 1961.
Professor titular (Química inorgânica) – UFPE – 1962.
Professor visitante – Centro Latinoamericano de Física – 1962.
Research Associate – Indiana University, Bloomington – 1963/1964.
Visiting Associate Professor – Columbia University, N.Y.City – 1965.
Associate Professor – Earlham College, Richmond, Indiana, USA – 1968/1971.
Professeur Extraordinaire – Université de Genève – julho a dezembro de 1975.
Pesquisador titular – CBPF/CNPq – 1980/1985.
Visiting Research Fellow – UCSD, La Jolla, CA – 1991/1993, 1995/1996 e 1998.

Comissões

Membro do CA/Química do CNPq – 1976/1977.
Membro do Conselho Deliberativo do CNPq – 1989/1991.
Membro do Conselho da FACEPE – 1990/1991.

Participações

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – 1950/ …
Sociedade Brasileira de Física (Membro) – 1973/ …
Sociedade Brasileira de Química (Sócio Fundador, 1º Vice-Presidente – 1977/1980 e Presidente – 1980/1982).
Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Membro Titular) – 1980/…

Posições

Professor emérito

Universidade Federal de Pernambuco
abr/2001 – presente

Pesquisador emérito
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
jan/1999 – presente

Prêmios

Condecorações

Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico – Presidente da República do Brasil – jun/1995

Medalhas

Medalha Simão Mathias – Sociedade Brasileira de Química – 1997

Prêmios

Prêmio Almirante Álvaro Alberto (Química) – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – 1996

Títulos Honoríficos

Pesquisador Emérito – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – abr/2007

Publicações Selecionadas

FERREIRA, R. C. 1998 . Tetrahedral bond angle. J. Chem. Educ. vol. 75 , p. 1087 –

SOARES, T. A. , GOOSELL, D. S. , BRIGGS, J. M. and FERREIRA, R. C. 1999 . Docking of 4-Oxalocrotonate tautomerase substrates. Biopol. vol. 50 , p. 319 – 328

LINS, R. D. , SOARES, T. A. , LONGO, R. and FERREIRA, R. C. 1999 . Water accessibilaty and the racemization rates of 7- and 23 – ASP residues in the – b amyloid 1028 peptide. Z. Naturf. vol. C54 , p. 264 – 270

CAVALCANTI, A. R. O. , BARROS NETO, B. and FERREIRA, R. C. 2000 . On the classes of amino-acyl-tRNA synthetases and the error minimization in the genetic code. Journal of Theoretical Biology. vol. 204 , p. 15 – 20

FERREIRA, R. C. , SOARES, T. A. , BRIGGS, J. M. , GOOSELL, D. S. and OLSON, A. J. 2000 . Ionizatio state and molecular docking studies of the microphage migration inhibitory factor: the role of Lys 32. J. Molecular Recognition. vol. 13 , p. 146 – 156

CAVALCANTI, A. R. O. and FERREIRA, R. C. 2001 . On the relative content of G,C bases in codons of amino-acids corresponding to class I and II tRNA synthetases. Origins of Life. vol. 31 , p. 257 – 270

*Fonte: Academia Brasileira de Ciências

 


Prêmio Fundação Bunge anuncia contemplados do ano

Recife, terça-feira, 30 de julho de 2013

Klaus Reichardt e Leyla Perrone Moisés são os contemplados deste ano com o Prêmio Fundação Bunge nas áreas de Recursos Hídricos/Agricultura e Crítica Literária, respectivamente. Na categoria Juventude o agraciado em Recursos Hídricos para a Agricultura é Samuel Beskow e em Crítica Literária o contemplado é Alexandre Nodari.

O anúncio dos agraciados foi feito no último dia 26 de julho, logo após a reunião do Grande Júri – do qual faz parte o presidente da Facepe, Diogo Simões – colegiado formado por representantes de entidades científicas e reitores das principais universidades brasileiras, realizada tradicionalmente no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Prêmio foi criado há 58 anos para incentivar a inovação nas diversas áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. A categoria “Vida e Obra” reconhece o trabalho de um pesquisador, cujos projetos desenvolvidos representam um patrimônio importante para o País. Já a categoria “Juventude” destaca um profissional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.

A cerimônia de premiação será realizada em outubro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Os agraciados receberão R$ 135 mil cada um (categoria Vida e Obra) e R$ 50 mil (categoria Juventude), além de diplomas e medalhas.

Saiba mais sobre os contemplados 2013:

Recursos Hídricos/Agricultura

Klaus Reichardt – Vida e Obra

O paulista da cidade de Santos, Klaus Reichardt, de 72 anos, possui graduação e doutorado em Agronomia pela Universidade de São Paulo, livre-docência em Física e Meteorologia, pela mesma instituição e PhD em Ciência do Solo, pela Universidade da Califórnia. É reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho nas áreas de aplicação de energia nuclear na agricultura, agrometeorologia e física da água no solo.

Colaborou com assuntos pioneiros, como a Tomografia Computadorizada para medida de água no solo, escalonamento de propriedades físicas do solo relacionadas à retenção de água, bem como com geoestatísticas e state space, base de trabalhos na área de agricultura de precisão. Participou ainda da elaboração de três softwares sobre cálculo de características e propriedades hídricas do solo. Foi chefe da seção de solos e irrigação do programa conjunto FAO/IAEA de técnicas nucleares para alimentos e agricultura, em Viena, Áustria e professor dos Colleges in Soil Physics, do Centro Internacional de Física Teórica das Nações Unidas em Trieste, Itália.

Publicou mais de 200 trabalhos em revistas científicas, nacionais e internacionais, além de 17 capítulos de livros. Orientou 31 dissertações de mestrado e 34 teses de doutorado. Atualmente é professor titular aposentado e pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo, fellow da Soil Science Society of America e da American Society of Agronomy, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Third World Academy of Sciences e bolsista de produtividade em pesquisa 1A do CNPq. Recebeu diversos prêmios e títulos, como Comendador na Ordem nacional do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Prêmio Jabuti, como colaborador da Enciclopédia Agrícola, publicada pela Edusp.

Samuel Beskow – Juventude

O gaúcho, da cidade de Pelotas, Samuel Beskow, tem 31 anos, é formado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas, possui mestrado em Engenharia Agrícola na área de Irrigação e Drenagem e doutorado em Engenharia Agrícola na área de Engenharia de Água e Solo, ambos pela Universidade Federal de Lavras. Seu doutorado foi realizado na modalidade “sanduíche”, junto à Purdue University, dos Estados Unidos e seu pós-doutorado na Universidade Federal de Pelotas, como bolsista da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Beskow tem significativa importância para o crescimento da área de pesquisa em Engenharia de Água e Solo. Seus trabalhos de mestrado e doutorado tiveram como temas, respectivamente, A estimativa das perdas de água em sistemas de irrigação por aspersão e A modelagem hidrológica de bacias em ambiente SIG. Em ambos os casos destaca-se pela contribuição inovadora, pelo rigor científico e pela amplitude da aplicação de seus resultados. Como produto de sua tese de doutorado, Beskow criou um modelo de simulação hidrológica, que recebeu o nome de LASH, Lavras Simulation Hydrology.

Atualmente é professor adjunto na área de hidrologia na Universidade Federal de Pelotas, onde coordena o Laboratório de Simulação Hidrológica e Processamento de Dados e também o Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos. Já publicou diversos artigos e capítulos de livros e atua como revisor em vários periódicos nacionais e internacionais.

Crítica Literária

Leyla Beatriz Perrone Moisés – Vida e Obra

A paulistana, de 1936, Leyla Beatriz Perrone Moisés, é graduada em Letras Latinas, com doutorado em Língua/Literatura e Livre-Docência, todos pela Universidade de São Paulo – USP. Sua produção, vasta e significativa, demonstra sua trajetória de pesquisa e a coloca hoje entre os profissionais da área mais reconhecidos nacional e internacionalmente. Seus livros, relevantes para as pesquisas de literatura brasileira, bem como de literatura francesa e portuguesa, são utilizados em cursos de graduação e pós-graduação em todo o Brasil e muitos tiveram diversas edições e foram traduzidos para outras línguas.

Leyla lecionou em diversas universidades do Brasil e do exterior, como a Universidade de Montreal, Yale University, Sorbonne e École Pratique de Hautes Études e coordenou o Núcleo de Pesquisa Brasil-França do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1988 a 2010. É professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP desde 1996. Tem atuado na área de Letras, em especial com os temas literatura moderna, crítica e ensaio. De forma sistemática também trabalha em prol da difusão da crítica literária e da leitura de textos representativos de nossa tradição literária.

Escreveu cerca de 90 artigos, 30 livros e centenas de textos para jornais e revistas. Sua atuação já lhe rendeu diversos prêmios e títulos como o Prêmio Jabuti Ensaios, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores e o Oficcer de L’Ordre dês Palmes Académiques, do Ministério da Educação do Governo Francês.

Alexandre André Nodari – Juventude

Alexandre André Nodari nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 1983. Graduado em Direito, com mestrado em Literatura e Doutorado em Teoria Literária, todos pela Universidade Federal de Santa Catarina, Nodari, apesar da pouca idade, tem produção intensa, grande capacidade de discussão teórica e amplo domínio de bibliografia sobre cultura brasileira. Ele é responsável pelo panfleto político-cultural Sopro, publicação de destaque na área, ligada a um grupo de intensa atividade de crítica e difusão literária, o Cultura e Barbárie.

Elaborou importante tese de doutorado na área de crítica literária, com tese sobre o conceito de censura, além de diversos artigos, publicados em periódicos nacionais e internacionais, capítulos de livros e textos para jornais e revistas. Colabora ainda com a formação de novas gerações, ministrando em cursos de pós-graduação de universidades brasileiras e estrangeiras, como a Universidade de Buenos Aires.

Para mais informações sobre o Prêmio Fundação Bunge acesse:
http://www.fundacaobunge.org.br/projetos/premio-fundacao-bunge/

*Fonte:  Prêmio Fundação Bunge

 

Primeiro transporte oceanográfico construído no Brasil estuda a acidez marítima do litoral de Pernambuco

Recife, segunda-feira, 29 de julho de 2013

A expedição da embarcação Alpha Delphini ao Estado teve apoio da Facepe e FAPESP

Por Marcos da Silva

O primeiro transporte oceanográfico inteiramente construído no Brasil percorreu, nos últimos 15 dias, pontos importantes do litoral pernambucano para a realização de estudos sobre a acidez marítima. O barco Alpha Delphini transportou uma equipe de 20 pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de São Paulo (USP), acompanhados de alunos de graduação e pós-graduação das duas instituições.

Durante a viagem, os cientistas fizeram a coleta de água, sedimentos e microrganismos, à procura de indicadores do processo de acidificação marinha na costa pernambucana. O percurso do barco pesquisador compreendeu o trecho entre o Porto do Recife e a ilha de Itamaracá, tomando como referência o arquipélago de Fernando de Noronha.

A poluição que chega ao mar vem pelos rios Capibaribe, Beberibe e afluentes, que transportam grandes quantidades de matéria orgânica para a área costeira, o que resulta em aumento da quantidade de CO2 dissolvido na água. Nesta primeira expedição, a equipe coletou algas e sedimentos para ver o estado da água, a degradação ambiental, a profundidade em que estão estes sedimentos e qual a concentração de carbono que existe neles.

“Com a acidez excessiva haverá perda da biodiversidade marinha e da riqueza natural do litoral pernambucano. As esponjas e os corais, que possuem estruturas ricas em carbonatos, serão as primeiras espécies afetadas”, ressalta o biólogo e oceanógrafo Manuel Flores Montes, da UFPE. De acordo com ele, esta pesquisa possibilita a utilização dos novos equipamentos e a parceria entre as duas universidades. “A oceanografia é uma área da ciência muito ampla. Engloba química, física, geografia, geologia. O trabalho superou as nossas expectativas”.

Dentro do projeto, financiado pela Facepe e FAPESP, estão previstas três expedições da embarcação oceanográfica pelo litoral do Estado. Nesta primeira, o barco pesquisador ficou no Recife até o último dia 23 de julho, quando seguiu para Fernando de Noronha. O Alpha Delphini chegou ao arquipélago no dia 25. Os pesquisadores trabalharam até o dia 26, data em que voltaram ao Recife. Já na Capital, prosseguiram com a coleta, finalizando na Ilha de Itamaracá. Todo o estudo sobre a vida e a água marinhas terá duração de dois anos.

Alpha Delphini - Construído pela USP com recursos da ordem de R$6 milhões, do governo de São Paulo, o Alpha Delphini tem 26 metros de comprimento, navega com o auxílio de oito tripulantes e autonomia de dez dias em alto-mar, sem a necessidade de reabastecimento. A embarcação possui ampla cozinha, um refeitório, três laboratórios, sala de comando, sala de controle, uma sala de reuniões, seis dormitórios e sete banheiros. Os alojamentos podem acomodar oito tripulantes e dez pesquisadores que se revezam, caso o número de passageiros seja maior. 

A expedição pelo litoral pernambucano é financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Uma nova coleta de resíduos para o teste da acidez marinha na costa pernambucana acontece nos meses de setembro e outubro deste ano, por pesquisadores da UFPE.

Confira as imagens no Facebook de Facepe.

 

 

 

 

Facepe fica em 5º lugar no ranking da Infraero

Recife, sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em abril, Fundação ficou em 7º lugar. Em junho, passou para a 5ª posição

 

Por Marcos da Silva

 

Mais uma vez, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) ficou entre as dez primeiras empresas mais bem colocadas no Ranking de Eficiência Logística dos Aeroportos da Região Nordeste da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Em junho, a Facepe ficou em 5º lugar contra a 7ª posição que ocupou em abril. Desta vez, o tempo médio para armazenagem, despacho e desembaraço das mercadorias importadas pela Facepe foi de 38h50.

O Ranking de Eficiência Logística foi criado pela Infraero, em maio deste ano, para estimular as empresas que utilizam os serviços aeroportuários a serem mais ágeis no processo que vai da estocagem à retirada dos produtos.

Aliada à rapidez no processo de retirada das encomendas estocadas no armazém da Infraero está a economia, já que os valores das diárias são calculados levando em conta o volume, peso, valor, tipo de armazenamento (se, em freezer ou geladeira, por exemplo), tipo de carga (se, perigosa, como solventes ou radioativa) e tempo de permanência das encomendas no local. Ao final de um ano, os primeiros do Ranking serão homenageados.

“O pesquisador, bolsista da Facepe, é o responsável pelo pagamento das taxas do documento de arrecadação e importação (DAI). Desde o momento em que a mercadoria está pronta para ser embarcada, nós da Fundação acompanhamos o processo e informamos ao pesquisador a chegada ao Recife”, revela o assessor técnico de importação da Facepe, Olímpio Gomes.

A Infraero postou mensagem na página do Facebook da Facepe parabenizando a Fundação pelo seu desempenho.

Entrevista – Presidente do Confap avalia resultado do encontro que reuniu os principais nomes da ciência no País

Recife, sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em entrevista ao portal do Confap, o professor Sergio Gargioni avalia os resultados do Fórum Nacional realizado em Recife, destaca aspectos importantes do novo Código da Ciência e sua atual situação no Congresso, além de chamar a atenção para o próximo encontro das Faps, que ocorre no Mato Grosso do Sul.

Confap – Quais foram, em sua avaliação, os destaques do Fórum realizado nos dias 22 e 23 de julho em Recife?

Sergio Gargioni – A reunião de Recife teve um formato parecido com as outras e, pelo fato de estar junto com a SBPC e o Consecti, a participação de autoridades foi um pouco maior. Os grandes temas foram tratados, o principal foi o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que já começa a ter os desdobramentos práticos. Tivemos a participação do relator da comissão especial na Câmara, deputado Sibá Machado, que apresentou o andamento do Projeto de Lei 2177.

O próprio Código, que o Confap vem acompanhando, como se sabe, está tendo desdobramento em várias iniciativas, incluindo uma PEC que já está encaminhada e que insere Ciência, Tecnologia e Inovação de forma mais incisiva na Constituição, abordando temas como o Regime Diferenciado de Compras (RDC), tratamento no fluxo de pessoal para a empresa. São temas citados nesta PEC, embora resumidamente. Isto deve seguir o seu fluxo normal.

Na sequência, o instrumento mais importante será o RDC, que está sendo proposto pelo Executivo, via MCTI, que, por sua vez, precisa ouvir outras instâncias do Governo Federal, levando a uma série de consultas, convencimentos, em um trabalho que envolve outras áreas, incluindo a econômica. A expectativa é que, já no início de agosto, tenhamos uma minuta, que deve ser apresentada como mais uma proposta do Executivo ao Congresso. Nós nos preocupamos em fazer gestões com o presidente da Câmara para que todos os textos relativos ao Código sejam enviados a uma mesma Comissão Especial, para que o assunto seja tratado de forma homogênea, garantindo todo o conceito do Código. O que aconteceu de fato até aqui foram as audiências públicas com as quais todas as entidades ligadas contribuíram, com o aproveitamento de grande parte das sugestões postas. Agora o trabalho é de formatação jurídica.

A PEC já está, o RDC deverá aparecer em seguida, a biodiversidade já tem um tratamento especial e vai ser necessário ainda ao PL 2177 uma nova redação que significa tudo aquilo que tem que se adequar na Lei de Inovação.

O assunto foi ainda destaque em nossa reunião, sendo tratado pelo deputado Sibá Machado e também pelo secretário executivo do MCTI, Luiz Antônio Elias, que indicaram as etapas do processo. Esse foi de fato um ponto relevante. Por outro lado, dentro do âmbito do Confap, o tema também foi abordado pelo nosso Grupo de Trabalho Jurídico, que esteve reunido por três dias cuidando desse assunto.

Outro ponto de destaque foi o relacionamento com as agências nacionais. Por várias razões, as parcerias entre agências e Faps vêm aumentando a cada dia, já que as agências perceberam que as fundações são os braços mais próprios por estarem nos estados e conhecerem suas particularidades. Exemplo disso é o projeto Tecnova da Finep e, dentro do próprio MCTI, existem expectativas de outras iniciativas, alguns secretários e o próprio ministro mostraram as possibilidades de parcerias, os orçamentos nacionais de CT&I estão se robustecendo, mesmo que tenhamos que ter certa atenção com o recente corte de R$ 10 milhões. Enfim, estamos evoluindo, são recursos significativos.

Com o CNPq já há tradição de parceria e, por isso, tivemos uma discussão prática de como utilizar e distribuir melhor os recursos de R$ 110 milhões, que irão chegar a R$ 150 milhões, em dois anos. Havia uma demanda muito elevada e o próprio presidente do CNPq, em nosso encontro, propôs critérios de divisão entre as FAP’s, de forma a atender da melhor maneira a todos os estados.

Confap – E qual a importância que os fóruns trazem para a comunidade científica?

Sergio Gargioni – Ainda dentro do escopo do Fórum do Confap realizado em Recife, sempre temos uma reunião de acordos internacionais, com entidades de cooperação técnica, desta vez foi entre Alemanha e Brasil, para avaliarmos a possibilidade de trabalho em conjunto. Houve um espaço também para discutir as relações com o INPI, o seu papel, propriedade industrial, intelectual. E por último uma questão técnica, mas da maior relevância, a gestão de biotérios. É um problema que existe em vários estados e foi decido trabalhar para a criação de uma rede, primeiro em âmbito local, depois regional e nacional.

De modo geral, pretendemos manter sempre essa formatação nos fóruns, dando destaque a um tema mais geral, às discussões com as agências federais, porque está crescendo muito a operacionalização dos projetos, questões técnicas que precisam ser tratadas. Foi basicamente isso que ocorreu em Recife, essa cooperação entre as Faps, que o Confap propicia em suas reuniões – cinco ao ano, quatro regulares e uma sempre em conjunto com a SBPC – e que vai constantemente melhorando nossa performance, que é a responsabilidade que temos perante o que assumimos com as agências.

Confap – O secretário do MCTI, Luiz Antônio Elias, nos adiantou que há um fortalecimento das Faps por meio das articulações via Confap com o Governo e agências. O senhor enxerga isso como algo perceptível?

Sergio Gargioni – Sim. Fica muito nítido. Existem as Faps grandes, que talvez não precisem tanto dessa parceria, porque têm fôlego próprio, mas são poucas; das 26 temos três ou quatro. As demais precisam dessa cooperação para a alavancagem de recursos, para a melhora de capacidade operacional, pois cada programa das agências tem um padrão operacional, e nós vamos capacitando, treinando, contribuindo para o fortalecimento das Faps. E o fato do Confap participar dos mais importantes colegiados faz com que a presença e oportunidades se ampliem. As pequenas fundações, por exemplo, jamais teriam a condição de fazer essa interlocução, como fazem as grandes, que estão na rede também para alavancar o conjunto.

Confap – Até a última reunião deste ano realizada pelo Confap, provavelmente em dezembro, o senhor acredita que poderá comemorar as novas direções trazidas pelo novo Código da Ciência?

Sergio Gargioni - O otimismo existe, mas o processo é complicado. Por exemplo, existem 88 PECs para serem encaminhadas dentro do Congresso. A nossa é a 89ª PEC; então depende muito do empenho do relator do projeto e nós já fazemos essa aposta no deputado Sibá Machado, que tem sido muito pragmático, proativo, percebeu exatamente a dimensão. Temos o compromisso do presidente da Câmara e da CCJ para dar celeridade à votação do projeto. As expectativas são para que até o final do ano tenhamos uma PEC e o RDC, talvez o código de biodiversidade, que é muito polêmico, que pode demorar um pouco mais, e o próprio Projeto de Lei que está lá, talvez a gente consiga também. Se ganharmos o Regime Diferenciado de Compras já é um bom negócio.

Confap - A julgar pelo empenho do Executivo, Legislativo e das agências, o assunto é uma unanimidade no setor?

Sergio Gargioni – Sem dúvidas o tema tem adesão unânime; é um assunto estratégico. Se estamos falando em inovação no País temos duas maneiras de ampliar o que nós fazemos hoje. Uma é deixar a ineficiência como está, colocando dinheiro sem muitos retornos, mas como os recursos são escassos, nós temos que buscar alternativas para a melhoria da eficácia do nosso processo e a eficácia passa pela simplificação burocrática que deve ser feita mediante leis.

Confap – E o que podemos adiantar para o próximo Fórum Nacional do Confap?

O próximo encontro ocorrerá em setembro, no Mato Grosso do Sul. Estamos desenhando uma pauta que ainda é preliminar. O que posso adiantar é que mais uma vez o Fórum Nacional do Confap será em conjunto com o Consecti. Iniciaremos no dia 10 de setembro, com a abertura oficial que contará com a presença do governador do estado e ainda uma comemoração aos 15 anos da Fap da região, a Fundect. Está prevista para esse primeiro dia uma palestra magna e nossa ideia é trazer a experiência da Embrapa e os desafios que temos na área. Mato Grosso do Sul tem tudo a ver com a produção agrícola, agroindustrial e essa é uma área em que as Faps também interferem e apoiam.

No período da tarde a nossa preferência é sempre discutir assuntos que envolvem as agências como CNPq e Finep, para citar alguns exemplos. Queremos trazer dessa vez pelo menos uma das agências reguladoras que também investem em pesquisa. Neste caso pensamos em convidar a Aneel e a Anatel. Essa é a programação prevista para o primeiro dia.

No segundo dia, quando encerra o Fórum, estamos desenhando uma pauta muito interna do Confap. Vamos discutir rotinas e mostrar boas práticas que são executadas em algumas das Faps. Como o volume cresce e cada uma opera de um jeito, por que não trocar ideias e experiências? É claro que não vamos entrar em detalhes operacionais específicos, mas aquilo que é essencial para todas nós, queremos compartilhar. Estamos pensando, por exemplo, em discutir um case da própria Fundect.

Vamos tratar também de temas especiais que já fazem parte da nossa pauta, como a área internacional. A intenção agora é explorar o Mercosul. Quando se fala nesse assunto pensa-se muito em Argentina. O próprio ministro do MCTI frisou em seu discurso, durante o Fórum, os avanços da Argentina nas áreas espacial, de biotecnologia e aeronáutica. Então precisamos analisar como nós (Faps) nos inserimos nisso tudo.

É bem possível que a gente inclua também nessa programação uma reunião com o Gtcom; discutiremos um pouco sobre nossa área de comunicação, que é muito relevante.

Antecedendo essas reuniões é possível que a gente faça reuniões técnicas para discutir assuntos como nossa participação em colegiados. Hoje, temos mais de vinte representações em colegiados, mas o que eu percebo é que as pessoas não têm tido espaço para voltar e relatar o que presenciaram e compartilharam. Isso não pode acontecer. É fundamental termos esse momento de troca para que não fique uma posição individual do representante, mas sim conjunta. Isso é primordial para que possamos melhorar nossa eficácia, posição estratégica e nosso nível de informação.

Para o final do ano nosso Fórum provavelmente será no Rio de Janeiro, em paralelo ao Fórum Mundial da Ciência. Como muitos têm interesse em participar e também teremos a presença de autoridades máximas da ciência, tecnologia e inovação, nada melhor que fazermos dessa forma. Para esse último Fórum estamos pensando em elaborar um formato diferente com menos carga técnica, mais parecido com o que foi realizado pela SBPC.

Agora, para 2014, minha proposta é promover o Fórum Nacional do Confap em Santa Catarina. Essa ideia ainda não foi oficializada, mas já estou adiantando.

*Fonte: Portal do Confap

Facepe mantém estande na 65ª Reunião Anual da SBPC

Recife, quinta-feira, 25 de julho de 2013

Por dia, 500 estudantes do ensino médio, da graduação e da pós-graduação visitam o espaço

 

Por Marcos da Silva

 

A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) está com um estande na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece até esta sexta-feira, 26, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária.

Instalado dentro da tenda da Expo T & C, no espaço de 250m², reservado pelo governo do Estado para apresentar aos visitantes da SBPC, as secretarias e órgãos responsáveis pela ciência, tecnologia, inovação e desenvolvimento de Pernambuco, o estande da Facepe tem 24m² e recebe, em média, a visita de 500 pessoas por dia.

“O estande foi pensado para proporcionar aos estudantes as informações sobre o trabalho da Facepe e de como eles devem proceder ao solicitar auxílio ou bolsas de estudos”, explica a analista de ciência e tecnologia da Fundação, Socorro Lopes.

Para garantir o bom atendimento a todos que passam pelo espaço, cerca de 14 funcionários, entre analistas e equipe de apoio, se revezam no estande da Facepe.

Interesse - Não só estudantes do ensino médio, da graduação e pós-graduação foram ao balcão de informações da Facepe, na 65ª Reunião Anual da SBPC. Representantes da National Geographic Learning estiveram no local, interessados em parcerias com a Facepe.

“Também recebemos a visita da diretora executiva do Centro Universitário da Baviera para a América Latina, Irma de Melo-Reiners, que planeja trazer pesquisadores alemães para estudar em Pernambuco com as bolsas de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), do CNPq, que são complementadas pela Facepe”, destacou Socorro Lopes.

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Fórum do Confap encerra com saldo positivo para a ciência, tecnologia e inovação

Recife, terça-feira, 23 de julho de 2013

Por Marcos da Silva

 

No Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que aconteceu durante todo o dia desta terça-feira, 23, no Hotel Golden Tulip, em Recife, os presidentes das faps, seus representantes e convidados discutiram assuntos de interesse mútuo, como a avaliação de programas em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a possibilidade de relacionamento com o Instituto Nacional da Produção Industrial (Inpi). Os presidentes destas instituições, respectivamente, Glaucius Oliva e Jorge de Paula Costa Ávila, estiveram presentes à mesa de debates.

À tarde, os membros do Confap puderam conhecer o que está sendo realizado nas instituições de fomento alemãs com a apresentação de Márcio Weichert, coordenador do Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH-SP); Christian Müeller, diretor, no Brasil, do Intercâmbio Acadêmico Brasil Alemanha (DAAD) e Vera Maria Peters, presidente da Sociedade Brasileira de Ciência de Animais de Laboratório (SBCAL).

Saldo positivo – O Fórum do Confap trouxe pontos positivos para as instituições de incentivo à ciência, tecnologia e inovação nacionais. “O acordo com o CNPq de novas edições do Pronex, Pronem e PPPs (respectivamente, Programa de Apoio a Núcleos de Excelência, Programa de Apoio a Núcleos Emergentes e Parcerias Público-Privadas) e a possibilidade de um acordo com a Alemanha são muito importantes. Muitas faps ficaram interessadas em fazer parcerias com agências de fomento daquele país, como o DAAD e DFG”, destacou o diretor-presidente da Facepe, Diogo Ardaillon Simões.

Para o vice-presidente do Confap, José Ricardo de Santana, dois pontos marcaram o encontro dos membros da instituição. “É relevante o apoio que o governo Eduardo Campos tem dado à ciência, tecnologia e inovação, e o empenho do Governo Federal, com a presença do ministro Marco Antonio Raupp em Pernambuco, durante a SBPC e Fórum do Consecti e Confap”. 

Participaram, também, do Fórum, a secretária executiva do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Lúcia Assad; o presidente do Confap, Sérgio Gargioni; o diretor científico da Facepe, Arnóbio Gama; a diretora de inovação da Facepe, Fátima Cabral; entre outros.

“O foco deste encontro é o fortalecimento das parcerias, por meio dos convênios que as fapes já executam, como o Pronex, o Pronem e PPPs. É muito importante que as discussões sejam feitas pelos estados porque eles são essenciais para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil”, destacou Ana Lúcia Assad.

O próximo encontro do Confap foi agendado para os dias 10 e 11 de setembro, em Campo Grande (MS).

 

 

 

 

Durante o Fórum Nacional do Consecti e Confap, pesquisadores discutem o PL 2177

Recife, segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cientistas têm ideias para oxigenar a Lei 8.666

 

Por Marcos da Silva

Secretários estaduais de ciência, tecnologia e inovação, presidentes de fundações de amparo à pesquisa e comunidade científica estiveram presentes na tarde desta segunda-feira, 22, no Fórum Nacional do Consecti e Confap para sugerir diretrizes para o PL 2177, a ser apresentado à Camara Federal.

O Fórum aconteceu no auditório da Regional Nordeste do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Cidade Universitária, durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que acontece na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Entre os pontos discutidos estão o regime diferenciado de compras para a ciência, tecnologia e inovação; recursos de fomento classificados como investimento; a cessão de pesquisadores, entre outros.

O deputado federal Sibá Machado, relator da comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara, participou dos debates e defendeu mudanças na Lei 8.666, conhecida como Lei de Licitações, que restringe a compra de equipamentos. “O pesquisador tem que optar sempre pelo menor preço e não pela qualidade do que compra”, apontou o parlamentar.

Machado também defende o regime diferenciado de contrato (RDC), que tira a pesquisa de dentro da Lei de Licitações, a criação da Lei da Biodiversidade e a alteração dos contratos e convênios, passando também pela questão do pesquisador de instituições públicas, que tem um salário baixo e é impedido de participar do resultado de suas ideias que viram patentes. “Eles (os pesquisadores) são os verdadeiros autores do PL 2177, que regula o novo código da ciência”, ressaltou Sibá Machado.

Para o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco, Diogo Ardaillon Simões, “uma ampla revisão na legislação irá facilitar a vida dos pesquisadores brasileiros, principalmente, no que diz respeito à licitação e importação de produtos”.

Participaram também dos debates o secretário executivo de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, José Bertotti; o diretor científico e a diretora de inovação da Facepe, Arnóbio Gama e Fátima Cabral, respectivamente; o presidente do Consecti, Jadir Péla; o presidente do Confap, Sérgio Gargioni; entre outros.

 

Na SBPC, ministro Raupp, fala sobre as conquistas e desafios de sua pasta

Recife, segunda-feira, 22 de julho de 2013

Investimentos, concessão de bolsas e parcerias são o foco do MCTI

 

Por Marcos da Silva

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, foi a principal atração do segundo dia da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na manhã desta segunda-feira, 22. Para uma plateia de autoridades, presidentes de fundações de amparo à pesquisa, cientistas e estudantes, o ministro falou sobre o “Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I): Conquistas recentes e novos desafios”.

“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem uma parceria permanente e cada vez mais ampliada com o estado de Pernambuco”, disse Marco Antonio Raupp. De acordo com ele, o momento é de discutir idéias – inclusive com a classe empresarial – sobre os recentes avanços na área da tecnologia. Marco Antonio Raupp destacou as conquistas recentes de sua pasta, como aumento do orçamento, da oferta de bolsas de estudo e da procura por titulação.

O ministro lembrou aos presentes as bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o Brasil, no sempre crescente e favorável ambiente para a área da ciência, tecnologia e inovação. Marco Antonio reforçou que a Capes também tem investido na titulação de mestres e doutores no Exterior.

Entre as principais iniciativas do MCTI para atender aos novos desafios do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, destacou os R$650 milhões para a base de inovação tecnológica de produtos do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), de Campinas, que desenvolve o novo anel de luz síncroton.

Também citou o programa nuclear, que destina R$850 milhões para o reator multipropósito; o programa Ciência sem Fronteiras, que concedeu 101 mil bolsas de estudos no Exterior; os investimentos em bolsas para o mestrado, doutorado e pós-doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que tiveram em julho deste ano um reajuste médio de 25%, com aporte de R$13 milhões e a expectativa pela publicação dos novos editais do CNPq, entre junho e agosto de 2013, que receberão um incremento de mais R$507 milhões, entre outros.  

Gabinete - Durante a maior parte da SBPC – até esta quinta-feira, 25 – o gabinete do ministro e sua equipe funcionará no Recife. “Sintam-se participantes disto”, convidou ele. “As condições mudam. O País pode entrar num ambiente de crescimento, e em dado momento ou outro, passar por desconfianças”, acrescentou Marco Antonio Raupp, referindo-se à crise que afeta algumas das principais economias mundiais. 

Estiveram presentes à explanação do ministro Marco Antonio Raupp, o secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Sectec), Marcelino Granja; o secretário executivo da Sectec, José Bertotti; o presidente da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia, Diogo Ardaillon Simões; o diretor científico da Fundação, Arnóbio Gama; a diretora de inovação da Facepe, Fátima Cabral; entre outros.