Secretário faz palestra sobre eventos climáticos e seus impactos nos recursos hídricos

Recife, terça-feira, 11 de junho de 2013

“Consciência, educação, sabedoria e diálogo são as palavras-chave para o consumo inteligente da água”, diz Almir Cirillo

Por Marcos da Silva

Na abertura da 17ª Jornada de Iniciação Científica Pibic/Facepe, que teve início na manhã desta terça-feira, 11, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na Cidade Universitária, o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, José Almir Cirillo, proferiu a palestra “Eventos climáticos extremos e impactos nos recursos hídricos”.

Para uma plateia de convidados, pesquisadores e estudantes de graduação, Cirillo lembrou que a população mundial em 1950 era de 2,6 milhões de habitantes. “Hoje, esse número é de 7 milhões e o consumo da água cresceu seis vezes mais”.

Para o secretário, é preciso fazer uma reflexão para o futuro. “A pressão na questão da água é uma realidade no presente. No Mundo, um bilhão de pessoas não tem água para beber. Há um aquecimento das cidades que têm se transformado em ilhas de calor. O Brasil tem muita água onde há pouca gente e pouca água onde o volume de pessoas é maior. As principais formas de perda da água tratada são ocasionadas pela indústria, comércio e agricultura; no sistema de abastecimento; o desperdício doméstico e a poluição dos mananciais, que tornam cara a eliminação das impurezas no líquido”, destacou Almir Cirillo.

Os conflitos na África, Ásia, Oriente Médio e a tensão entre a Etiópia e Egito pelas águas do rio Nilo, não foram esquecidos pelo secretário em sua explanação. “Houve avanços no combate à fome, mas temos muito trabalho pela frente. Um terço dos alimentos cultivados não é aproveitado, resultando no desperdício da água utilizada na sua produção. A fruticultura no Vale do São Francisco resulta em vinhos de qualidade internacional, no entanto, ainda há erros no plantio em algumas localidades”, disse Cirillo.

De acordo com o secretário, a transposição das águas do Rio São Francisco, que tem custo estimado em R$8 bilhões, vai amenizar a situação da falta d’água e do racionamento nos estados nordestinos do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. “De acordo com a Organização das Nações Unidas, R$11 bilhões são necessários para resolver o problema da falta de água no Planeta. Consciência, educação, sabedoria e diálogo são as ações comuns no consumo da água”, finalizou Almir Cirillo.