NOTA DE PESAR
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasA Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco lamenta o falecimento do Professor Doutor Ivon Fittipaldi. A trajetória do pesquisador se confunde com a da Facepe, da qual foi um de seus idealizadores e diretor científico entre 1999 e 2003 .
Até o começo deste ano, ele foi membro do Conselho Superior, tendo uma atuação engajada e marcante como tudo o que fez na vida. Entre as iniciativas notórias enquanto conselheiro, foi a criação da Revista Inovação e Desenvolvimento, publicação jornalística institucional que visa a divulgação das contribuições da ciência no desenvolvimento socioeconômico e ambiental do estado.
Além disso, na sua última reunião do Conselho fez um balanço geral sobre a evolução, proposições e desafios futuros da instituição. Fittipaldi atuou de forma incansável na luta pela Ciência & Tecnologia em Pernambuco, suas relações nacionais e internacionais muito contribuíram nesta direção.
A Facepe se solidariza com os amigos e familiares neste momento de perda irreparável.
Facepe analisa proposta de plataforma de transformação digital
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasA diretoria executiva da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco esteve reunida, na manhã desta sexta-feira (18), com representantes da empresa TDS Company. Eles discutiram a possibilidade de a Facepe adotar uma plataforma digital que contribua no processo de tomada de decisão. A iniciativa foi apresentada aos gestores por Silvio Meira e André Neves durante encontro remoto.
De acordo com Meira, a plataforma chamada Strateegia tem sido usada por várias empresas privadas e instituições públicas internacionais, a exemplo da Ambev e da Agência Espacial Europeia. “É importante dizer aqui que não há nenhum interesse comercial embutido nesse negócio, mas temos uma agenda para contribuir com o desenvolvimento econômico da região, em especial o desenvolvimento científico de Pernambuco. A Facepe seria um grande laboratório para para avançar o que a gente faz na Ciência e Tecnologia”, afirmou Meira.
Ainda de acordo com a TDS, a plataforma poderia ajudar, além da gestão da Facepe, pesquisadores a tomarem decisão estratégica de forma incremental e interativa. “O mundo caminha para o digital aonde a gente percebe que o físico não vai sumir de maneira alguma, vai ser ampliado. A gente trabalha com a perspectiva de um mundo híbrido. Serão negócios que irão olhar sempre para o mundo físico, digital e social. Isso implica em mudança na pesquisa porque ela passa a ser oblíqua, vai ter gente do mundo inteiro trabalhando na mesma pesquisa”, explicou Neves.
Os detalhes da plataforma foram apresentados para diretores e alguns analistas. O presidente da Facepe, Fernando Jucá, demonstrou entusiasmo com a proposta mas ponderou que o processo necessita ser amadurecido e que pode passar pelo Conselho Superior. “É importante abrir a discussão e trabalhar a dimensão de como é que a gente implementa isso e qual será a estratégia de uso e de abrangência”, destacou Jucá ao sugerir uma próxima reunião para a segunda quinzena de janeiro.
Pesquisadores e gestores públicos apresentam estudos sobre o derramamento de óleo no litoral do NE
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasPesquisadores e gestores públicos se reuniram no final da manhã desta terça-feira (15) para apresentar resultados de estudos e ações desenvolvidos poucos mais de um ano depois do derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste. O webinário organizado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) teve um tom de prestação de contas. Os recursos investidos por meio de editais lançados pela Facepe giram em torno de R$ 2.4000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
A solenidade de abertura contou com a participação do presidente da Facepe, Fernando Jucá; do secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti Júnior; da secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, Janice Trotte-Duhá; do promotor do Ministério Público de Pernambuco, André Felipe Menezes; e do presidente da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), Djalma Paes. De acordo com dados da agência, o desastre atingiu 48 praias, oito estuários em 13 municípios. Foi retirada uma tonelada e 600 mil quilos de lama tóxica. O material foi destinado a aterros sanitários credenciados.
A segunda parte do webinário foi conduzida pela diretora de Inovação da Facepe Aronita Rosenblatt, que chamou a atenção para a solidariedade da sociedade civil diante da tragédia. “Nós vimos pessoas muito simples que pegavam os tonéis e que retiravam o óleo e ajudavam a limpar as praias e com o passar do tempo essas imagens se apagam”. Na sequência, houve duas palestras e apresentações de projetos de pesquisa.
O vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Moacyr Araújo, destacou o papel estratégico da observação dos oceanos na prevenção de desastres ambientais. O pesquisador e professor do Departamento de Oceanografia defendeu a criação de um núcleo operacional da área no estado. A outra palestrante, pesquisadora do mesmo departamento da UFPE, Beatrice Padavani, falou sobre os avanços tecnológicos no estudo da paisagem marinha, “o que possibilitou a procura de óleo no fundo do mar”. Ela chamou a atenção ainda para o impacto invisível das partículas de óleo dos plânctons, micro organismos base da cadeia alimentar. Beatrice finalizou com estratégias passivas e ativas de restauração desses ambientes.
O momento final foi destinado a apresentações de projetos. Antônio Celso Dantas Antonino (UFPE), da área de Engenharia, mostrou como as tocas de caranguejos e marias-farinhas podem influenciar no fluxo de hidrocarbonetos presentes no óleo em direção às águas subterrâneas. Já Galba Takaki, da Universidade Católica de Pernambuco, demonstrou como os manguezais podem ser considerados modelos para estudos de alterações ambientais. De acordo com ela, foram encontrados metais pesados nesses ecossistemas devido ao derramamento de óleo. Somente esta pesquisa na área já produziu dez artigos, quatro capítulos de livro e sete patentes.
O encerramento ficou a cargo do professor Jessé Fidelis de Souza Filho (UFPE), da área de Oceanografia. O grupo de pesquisa que ele representa constatou, um ano depois, a presença de manchas de óleo em rochas de praias atingidas pelo derramamento. “Especialmente em Suape e Rio Formoso, o impacto de mortalidade são maiores”, disse ele ao exibir fotos de animais com manchas e malformações no organismo devido ao convívio com os resquícios de óleo.
Facepe promoverá evento para apresentar resultados de pesquisas sobre derramamento de óleo no litoral do Nordeste
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasDepois de pouco mais de um ano do acidente com o derramamento de petróleo que atingiu o litoral nordestino, os primeiros resultados das pesquisas desenvolvidas para combater os danos do desastre ambiental começarão a ser apresentados nesta terça-feira (15), às 10h, durante uma reunião virtual promovida pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe).
Pesquisadores da Marinha do Brasil, Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Católica de Pernambuco irão apresentar estudos nas áreas biológicas, engenharias e de oceanografia que contam com recursos do Edital 22/2019. O montante investido pelo Governo do Estado é de aproximadamente R$ 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil reais). De acordo com as regras do edital, cada proposta poderia solicitar até R$ 200 mil no prazo de 12 meses.
10h – Solenidade de Abertura
Prof. Fernando Jucá – Diretor Presidente da FACEPE. Contextualização do fato “derramamento de óleo no litoral nordeste do Brasil, 2019”.
Dr. Lucas Ramos - Secretário de CT&I do Estado de Pernambuco. Ciência e Tecnologia para o enfrentamento dos desastres ecológicos.
Dr. José Antônio Bertotti Júnior – Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de Pernambuco. Papel do Governo do Estado na mitigação do desastre ecológico do derramamento de óleo, em 2019.
Dr. Janice Trotte-Duhá - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha do Brasil; “Derramamento de petróleo, causas e medidas preventivas.”
Dr. Djalma Souto Maior Paes Júnior - Diretor Presidente do CPRH. Consequências do derramamento do óleo no litoral pernambucano, 2019.
10:50h - Palestra
Dr. Moacyr Araújo – Vice-reitor da UFPE. “Uma estratégia para redução da vulnerabilidade e dos efeitos de eventos futuros e derramamento de óleo no litoral nordeste”.
11:10h
Dra. Beatrice Padavani- professora de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Possíveis alterações nos animais marinhos em consequência do derramamento de óleo, 2019.
11:30h Apresentação de Projetos
Biológicas:APQ-0638-2.01/19 - GALBA MARIA DE CAMPOS TAKAKI (UNICAP): AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS MEDIADOS PELA CONTAMINAÇÃO POR PETRÓLEO NO ECOSSISTEMA MANGUEZAL DE RIO FORMOSO, PERNAMBUCO, BRASIL
11:40h
Engenharias:APQ-0708-3.07/19 - ANTÔNIO CELSO DANTAS ANTONINO (UFPE – Recife): HIDROCARB-MOBILIS-PE – HIDROCARBONETOS: PERSISTÊNCIA, MOBILIDADE E IMPACTO EM SOLOS/SEDIMENTOS DE ESTUÁRIO/MANGUEZAL DO LITORAL DE PERNAMBUCO.
11:50h
Oceanografia:APQ-0718-1.08/19 - SIGRID NEUMANN LEITAO (UFPE – Recife): MONITORAMENTO DE PETRÓLEO NA ÁGUA E SEU IMPACTO NA BASE DA TEIA ALIMENTAR NA COSTA DE PERNAMBUCO: IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS.
12:00h ENCERRAMENTO
Ex-presidentes e diretores científicos participam de webinário pelos 30 anos da Facepe
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasO clima foi de confraternização no segundo webinário que marcou o fim das celebrações dos 30 anos da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco. O evento foi transmitido pelo Youtube da Facepe no fim da manhã desta sexta-feira (4). O projeto, iniciado há exatamente um ano, foi fruto de parceria com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco. A mediação do webinário foi da secretária regional da SBPC-PE, Maria do Carmo Figueiredo Soares, que atuou como coordenadora da comissão organizadora do projeto.
A abertura contou com as presenças do presidente da Facepe, Fernando Jucá, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos. Os gestores estão em Petrolina, onde acontece o I Encontro de Ciência, Pesquisa e Inovação no Vale do São Francisco. Ao saudar o momento histórico, Lucas Ramos enfatizou que “a academia está produzindo soluções junto às empresas e o poder público como agente de fomento, incentivando e garantindo as condições legais, orçamentárias e até financeiras para fazer a entregas no menor espaço de tempo possível”.
Na sequência, o professor da Universidade Federal de Pernambuco e historiador, George Cabral, e a socióloga Andreia Santos falaram sobre pré-lançamento do livro Histórias e Memórias da Facepe – 30 anos, trabalho fruto de um minucioso levantamento de dados e coleta de entrevistas de testemunhas dos acontecimentos que marcaram a criação da Fundação e sua trajetória ao longo das últimas três décadas. Aliás, o tema marcou o lançamento da Revista Inovação e Desenvolvimento, em dezembro do ano passado, considerada a primeira publicação própria de divulgação institucional.
O editor-chefe e ex-presidente da Facepe, Abraham Sicsú, explicou que o veículo de comunicação surgiu a partir de uma demanda do Conselho de Administração e que os temas e pautas são estabelecidos em acordo com o Conselho Editorial. Foram quatro números publicados com reportagens, entrevistas e artigos autorais de pesquisadores (Facepe 30 anos, Parques Tecnológicos de Pernambuco, Doenças Negligenciadas – Covid19 e o Cenário da Agricultura em Pernambuco).
Outro palestrante do webinário foi o professor da UFPE Marcos Galindo. Ele falou sobre o projeto de Gestão Documental a ser desenvolvido a partir de 2021 pela Facepe e que tem como título Memória do Fomento à Pesquisa em Pernambuco.
O encerramento do evento ficou a cargo do ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende. Primeiro diretor científico da Facepe, ele relembrou o contexto político que marcou a criação da Fundação, no final dos anos 1980. “Doutor Arraes sempre valorizou a Ciência que, aliás, ele nem chamava de Ciência, chamava de conhecimento”.
Ele contou que quando Miguel Arraes se candidatou ao governo do estado, em 1986, chamou a economista Tania Bacelar para organizar o programa de governo. Foi então que um grupo de pesquisadores liderados por ela elaborou uma série de propostas para a área de Ciência e Tecnologia. O presidente de honra da SBPC fez questão de homenagear também Ricardo Ferreira (falecido em 2013), Abraham Sicsú, Ivon Fittipladi (ex-diretor científico), Sebastião Simões (ex-presidente) e Lúcia Melo (ex-secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação). “Estou muito satisfeito de ver a Facepe chegar aos 30 anos com essa vitalidade, com esse apoio e participação cada vez maior de muitas pessoas”, disse Sérgio Rezende ao encerrar a sua fala.
Vencedores da 24ª Jornada de Iniciação Científica da Facepe devem ser revelados semana que vem
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasA cerimônia de premiação da 24ª edição da Jornada de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) está marcada para o próximo dia 15 de dezembro, às 10h, mas a expectativa é de que os vencedores sejam conhecidos já na semana que vem. A série de apresentações dos relatórios dos projetos de pesquisa 2019/2020 terminou na tarde desta quinta-feira (3).
“A maior preocupação era se os alunos teriam infraestrutura para participar. Envolvemos os orientadores de forma a, se preciso, eles forneceriam essa infraestrutura aos seus alunos. A participação dos estudantes foi excelente e a produção apresentada surpreendeu os avaliadores. Foi desafiador, mas gratificante”, destaca a gestora do Programa de Iniciação Científica e Assessora de Comunicação Social da Fundação, Sandra Naoko. Ela conta ainda que o desafio envolveu uma grande equipe de analistas da Facepe que se desdobrou por quase dez, doze horas de trabalho nesses quatro dias para organizar e avaliar os trabalhos.
“Tivemos um cuidado especial para tudo dar certo em virtude de ser esse o evento de acompanhamento de projetos mais antigo realizado pela Fundação. A pandemia trouxe muitos problemas mas usamos essa adversidade para aprimorar o processo de acompanhamento dos resultados de projetos”, ressaltou o assessor da Diretoria Científica da Facepe, Jayme Ribeiro.
A Facepe recebeu inscrições de mais de 450 trabalhos de 15 instituições de ensino superior de todo o estado. O evento teve como tema “CONSCiência na Pandemia”, mas os trabalhos envolveram todas as áreas do conhecimento como Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas; Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Arte; e Engenharias.
Os dois melhores bolsistas de cada área do conhecimento terão custeados a sua participação em um congresso nacional científico cultural de sua área de trabalho apresentado com direito a passagem aérea, inscrição e diárias. O Prêmio Ricardo Ferreira ao Talento Jovem Cientista foi criado em 1997 e faz uma homenagem a um dos mais importantes cientistas pernambucanos e que mais contribuiu para a ciência brasileira, que faleceu em 2013.
Abertura da 24ª Jornada de Iniciação Científica da Facepe é marcada por palestras que abordaram o comportamento do SUS diante da Covid-19 e os efeitos da pandemia na saúde mental
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasA abertura da 24ª edição da Jornada de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), na manhã desta segunda-feira (30), foi marcada por duas palestras que abordaram aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS) diante da pandemia de Covid-19 e os efeitos da doença na saúde mental. A mesa virtual dos trabalhos contou ainda com a participação do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Lucas Ramos; do presidente da Facepe, Fernando Jucá; do diretor científico da Fundação, Paulo Cunha; além do presidente da comissão organizadora, professor Cristiano Ramalho. Também esteve presente o vice-reitor da UFPE Moacyr Araújo.
Lucas Ramos destacou que os investimentos do Programa de Iniciação Científica são da ordem de R$ 2,5 milhões por ano distribuídos em 2.592 bolsas implantadas pela Facepe. Ele apontou ainda que a execução orçamentária da Fundação será de R$ 60 milhões em 2020. O gestor chamou a atenção ainda para a importância das parcerias entre o estado, as instituições e as empresas no avanço da Pesquisa e Desenvolvimento e o quanto isso tem colaborado para a resolução de problemas urgentes. “Foi assim com a crise de microcefalia em 2015 e 2016, no combate ao óleo que ainda insiste em prejudicar o litoral nordestino, inclusive Pernambuco, e foi assim com o coronavírus, importando máquina para fazer análise laboratorial e incrementando a pesquisa científica”, disse o secretário.
O comportamento da rede hospitalar do Sistema Único de Saúde diante da pandemia foi o tema abordado pelo primeiro palestrante do dia, o pesquisador do Instituto Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco, Paulo Sérgio Ramos de Araújo. Ele destacou a ferramenta Atende em Casa, aplicativo que colocou à disposição da população uma rede de profissionais de saúde para fazer o atendimento. “Com isso foi possível fazer uma reserva dos serviços de saúde pública para os casos mais graves que demandassem internação hospitalar”.
De acordo com ele, houve um fortalecimento da central de regulação de leitos. “Sem essa regulação, era impossível manter a logística da rede”. Em abril, a fila de espera por um leito de UTI chegou a 300 e, ainda segundo Paulo Sérgio, em 7 de junho essa fila foi zerada. “De forma indireta, o Sistema Único continua sendo um grande propulsor de oportunidades para a pesquisa na área de Saúde no Brasil”.
Já a professora da Universidade Federal de Pernambuco, Wedna Cristina Maria Galindo, abordou questões ligadas às consequências da pandemia na saúde mental, que é “como a gente lida consigo mesmo, com as outras e com a realidade. A gente segue uma perspectiva que focaliza um órgão ou um corpo que pode estar doente e vai para uma perspectiva mais ampla de que a saúde pode ser produzida. Quando a gente entende isso, está incluindo determinantes sociais na Saúde”, explicou. Ainda de acordo com a professora, as relações de poder são um importante fator na saúde mental.
Ao final, ela apontou que a produção de conhecimento para ocupar a realidade ajuda na inspiração às políticas públicas no combate às consequências da Covid-19 na saúde mental e que isso se dá na troca de experiências entre pesquisadores. “Com isso a gente vai participar mais ativamente na construção de sentidos, sobre a realidade, sobre saúde mental, sobre a pandemia e sobre como responder a isso tudo”.
A Jornada – A 24ª edição da Jornada de Iniciação Científica da Facepe segue até quinta-feira (3) quando serão apresentadas pesquisas em Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Exatas; Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Linguística, Letras e Arte; e Engenharias. As apresentações serão feitas de maneira remota, das 8h30 às 17h, por meio de salas da plataforma do Google Meet.
Foram inscritos mais de 450 trabalhos de 15 instituições de ensino superior de todo o estado. O diretor científico da Facepe, Paulo Cunha, explica que, apesar do tema da pandemia, as pesquisas abordam outras questões distintas da Covid-19 porque se referem a estudos iniciados em agosto de 2019.
“A Jornada tem um caráter importante amplo. São relatórios de pesquisas desenvolvidas por alunos da graduação com orientadores experientes em ambientes de pesquisa. A Iniciação Científica é o momento em que o cientista começa a fazer pesquisa ainda na graduação e essa atividade é muito importante na formação acadêmica”. Ainda de acordo com ele, a Facepe é a primeira fundação de amparo à pesquisa (FAP) do Brasil a instituir um Programa de Iniciação Científica próprio, começando em 1995 em parceria com o CNPq e desde 2011 executando de forma independente.
Ao final da programação haverá a concessão do Prêmio Ricardo Ferreira ao Talento Jovem Cientista. Os dois melhores bolsistas de cada área do conhecimento terão custeados a sua participação em um congresso nacional científico cultural de sua área de trabalho apresentado com direito a passagem aérea, inscrição e diárias. O nome do prêmio criado em 1997 faz uma homenagem a um dos mais importantes cientistas pernambucanos e que mais contribuiu para a ciência brasileira. Ricardo Ferreira faleceu em 2013. O encerramento vai acontecer no dia 15 de dezembro, às 10h, com a cerimônia de premiação que será realizada por meio remoto.
INCTs mostram resultados práticos no desenvolvimento da saúde e conservação da natureza
/em Artigos, Destaque, Downloads, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasO encerramento das oficinas virtuais dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia promovidas pela Facepe reuniu, na manhã desta quinta-feira (26), pesquisadores e convidados da comunidade acadêmica para acompanhar as apresentações de resultados e aplicações práticas dos INCTs de Inovação Farmacêutica e Etnobiologia, Bioprospecção e Conservação da Natureza.
Em tom de balanço do que foi mostrado ao longo dos últimos quatro dias, o diretor científico da Facepe, Paulo Cunha, ressaltou a qualidade de ponta das pesquisas dos INCTs e que isso é atestado por meio de avaliações internacionais. Ele também chamou a atenção para as ações estratégicas estabelecidas pelo edital entre as quais estão a formação de recursos humanos, os resultados práticos efetivos, a cooperação entre as instituições nacionais e internacionais, além da prestação de contas permanente. “A ideia dessas oficinas é fortalecer essa visibilidade dos produtos e do que está sendo feito nos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia”, disse Paulo Cunha. Pernambuco conta com oito INCTs.
As novidades do instituto de Inovação Farmacêutica (IF) foram apresentadas pelo professor Ivan da Rocha Pitta e pelo representante do grupo Douglas Viana. São 92 pesquisadores ligados ao INCT que conta com a colaboração de outros 24 do Exterior. O INCTIF atua em três eixos de pesquisa: Prospecção de Entidades Químicas Bioativas; Desenvolvimento de Insumos Farmacêuticos; e Otimização do Uso de Medicamentos. A estrutura de laboratórios está sediada no Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica Suely Galdino (Nupit-SG) da UFPE.
Um dos resultados apresentados pelo INCTIC diz respeito aos estudos da molécula GQ 16, que demonstra ser promissora em tratamento de inflamações, diabetes e até anticâncer. De acordo com ele, a pesquisa em torno dessa molécula está contribuindo com avanços de outros estudos “e um deles foi publicado pela Sociedade Americana de Nefrologia”, disse Douglas. Ele também destacou outro projeto desenvolvido em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) a qual a Facepe é vinculada. Trata-se da um sistema piloto de inovação e produção de farmoquímicos em Pernambuco. O investimento será de R$ 1.196,700 até 2021.
Um ponto em comum entre os INCTs apresentados hoje (26) é o da promoção da saúde. A fabricação de novos medicamentos a partir de produtos naturais marcou a apresentação do INCT de Etnobiologia, Bioprospecção e Conservação da Natureza, que conta com apoio da Facepe desde 2017.
Quem fez a apresentação foi o pesquisador da UFPE Ulysses Paulino de Albuquerque. De acordo com ele, o diferencial deste INCT é buscar uma cadeia produtiva do conhecimento. O funcionamento se dá graças a recursos da Facepe que está na ordem de R$ 1 milhão distribuídos entre a concessão de bolsas e aquisição de materiais. Oito mestrados, dez doutorados, três livros, 35 artigos científicos e quatro ações de extensão representam o retorno do investimento.
Ulysses falou sobre a chamada estratégia etnodirigida que “consiste de entender como seres humanos, ao longo da sua história evolutiva cultural e ecológica, foram se apropriando da natureza e desenvolvendo diferentes utilidades para esses recursos desde a constituição dos primeiros sistemas médicos locais”.
Um dos eixos investigativos deste INCT se utiliza das florestas sazonais secas do Nordeste como campo de observação. É tema, inclusive, de recente artigo publicado pelo grupo. “São os indicadores de prioridade de conservação para plantas lenhosas medicinais das florestas mais secas do Brasil por uma doutora que recebeu apoio de uma bolsa de apoio técnico disponibilizada pela Facepe”.
Terceiro dia de apresentação dos INCTs de Pernambuco apresenta resultados nas áreas de Sistemas de Informação e Decisão e de Engenharia de Software
/em Artigos, Destaque, Estudante, Eventos, Notícias Facepe, Pesquisador, Público em geral, Últimas notíciasA terceira rodada de apresentações dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) contou com as apresentações do Sistemas de Informação e Decisão (Insid) e o de Engenharia de Software (Ines). O encontro aconteceu de maneira remota no fim da manhã desta quarta-feira (25)e está disponível no Youtube da Facepe.
Um dos apresentadores do primeiro INCT foi o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adiel Teixeira de Almeida, que é o coordenador do instituto. O Insid é uma rede de cooperação científica que desenvolve pesquisa avançada e suas aplicações na área de apoio à decisão contribuindo para a inovação em áreas de interesse estratégico para o país como, por exemplo, políticas públicas ambientais, de energia, saúde, segurança pública.
Adiel exibiu um vídeo com um compilado dos vários estudos desenvolvidos e demonstrados pelos pesquisadores. Um dos diferenciais apontados é justamente o da qualificação de recursos humanos em instituições e empresas privadas. “A Polícia Federal escolheu o nosso INCT para ser o primeiro programa de mestrado profissional e nós tivemos superintendentes de vários estados do Brasil nessa turma, cerca de 23 alunos, e todos fizeram dissertações aplicadas”, disse ao citar como exemplo a Segurança Pública.
Já o INCT Engenharia de Software se propõe a criar de ecossistemas sustentáveis com participação direta da indústria da área. Entre as atividades estão a criação de plataformas de serviços de software urbanos de uso governamental ou privado que estimulem o desenvolvimento de cidades inteligentes. Este grupo é considerado um dos maiores do Brasil. Um grupo de pesquisadores apresentou projetos do Instituto Senai de Inovação, Robótica, Mobilidade Urbana, e Gestão Inteligente da Água.