Termina, na Facepe, o 1º Seminário de Avaliação DCR

15 de maio de 2013

Durante o evento, 39 pesquisadores apresentaram seus objetivos

Por Marcos da Silva

Encerrou no início da tarde desta quarta-feira, 15, no salão nobre da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), na Madalena, o 1º Seminário de Avaliação DCR. Durante três dias, cerca de 39 pesquisadores, que recebem bolsa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), complemento de bolsa da Facepe e mais um “auxílio-enxoval”, também oferecido pela Fundação para realizar seus trabalhos de pós-doutorado, se revezaram na apresentação de seus estudos, objetivos e dificuldades.

Há dois anos, a oceanógrafa e doutora em geociência gaúcha, Eliane Truccolo, realiza uma pesquisa com o objetivo de entender a hidrodinâmica do complexo estuarino do rio Capibaribe. “Realizamos a coleta de dados com o monitoramento dos parâmetros oceanográficos e físicos. Também calculamos a velocidade das correntes do rio”, destacou.

O estudo da qualidade e quantidade do camarão capturado em Serinhaém, no litoral sul de Pernambuco, é o ponto de partida do trabalho da oceanógrafa e doutora em ecologia aquática e da pesca paraense, Andréa Pontes. “As espécies juvenis e de pequeno porte não são aproveitadas pela pesca de arrasto. Com isso, há um grande desperdício de peixes e crustáceos. Minha pesquisa visa conhecer como os camarões utilizam o ambiente. Será que para reproduzir, se aquecer ou se alimentar?”.

Para o diretor científico da Facepe, Arnóbio Gama, que acompanhou atentamente a explanação dos doutores, o Seminário reuniu “um grande número de jovens pesquisadores, vindos de outras regiões do País e do Exterior, que contribuem para montar uma nova estrutura na área da ciência e tecnologia no Estado. Com isso, ajudam a formar novos estudantes e doutores. Muitos deles são aprovados em concursos públicos e acabam ficando por aqui”.

O colombiano Diego Rativa foi o último a expor suas atividades para uma banca composta por três avaliadoras. “Estou desenvolvendo um oftalmoscópio de varredura laser para a detecção precoce de doenças visuais”, revelou.

Ao final do 1º Seminário de Avaliação DCR, o diretor científico da Facepe ressaltou a importância do encontro. “Foi o primeiro seminário e vamos ampliar para que possamos receber um universo maior de bolsistas. Este evento serve para que possamos conhecer o que está sendo feito, as dificuldades. É uma ótima oportunidade para avaliação e possível troca de idéias e colaborações”.

Financiamento – Para realizar suas pesquisas, os doutores contam com uma bolsa que varia de R$4,2 mil a R$6,2 mil, oferecida pelo CNPq. Aliado a esse valor, a Facepe oferece um complemento de R$900 e mais um “auxílio-enxoval”, que varia de R$20 mil a R$33 mil, pagos em duas parcelas.

Compartilhe esta notícia:

Facebook, Twitter