Projeto de Simuladores Cirúrgicos é avaliado por universidades pernambucanas

O projeto de Simuladores Cirúrgicos Realísticos, apoiado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e desenvolvido pela Pro Delphus, foi avaliado por universidades pernambucanas. Com capacidade para desenvolver habilidades cirúrgicas em acadêmicos, os simuladores tem o intuito de reduzir o tempo da aprendizagem e facilitar o raciocínio e precisão dos estudantes.

Na avaliação estiveram presentes especialistas nas áreas de Cirurgia Geral, Traumatologia, Ginecologia e Obstetrícia das instituições UFPE, UPE, Univasf, UniNassau, FPS-IMIP, UPE (Serra Talhada) e UFPB. Os simuladores foram testados por professores e obtiveram aprovação de 9,7% na média geral agrupada. Os critérios de avaliação, observados foram a semelhança com os tecidos humanos ao toque, textura do material, cor, anatomia, a capacidade de desenvolver habilidades, autoconfiança  e,  entre outros fatores, a capacidade de diminuir  o tempo de ensino. O mercado não ficou restrito ao estado de Pernambuco, a Universidade de São Paulo (SUP), embora não tenha participado da avaliação dos modelos, comprou os simuladores.

Foram criados modelos de pélvis, para exames como colposcopia e exame de próstata, de dissecção e excisão de tumores, sutura laparoscópica, de treinamento em episiotomia e episiorrafia, de braço para punção vascular com bomba peristáltica acoplada, além do simulador para avaliação e tratamento dos sangramentos pós-parto, punção óssea em perna infantil, treinamento em feridas, endoscopia e cirurgias intra-articulares do joelho, ressecção endoscópica da próstata, exame cistoscópico e uretral.

A FACEPE acredita ser crucial apostar em atividades de pesquisa e desenvolvimento para o estado. “Apoiar empresas para o desenvolvimento de tecnologias como esta permite que o conhecimento seja aplicado para soluções de problemas e aumenta ainda a competitividade das empresas em Pernambuco”, defende a Diretora de Inovação da instituição, Fátima Cabral.
O projeto não acaba nesta fase, ainda haverá o acompanhamento da utilização correta dos simuladores e também para eventuais melhorias. As áreas envolvidas no resultado do trabalho foram ginecologia, obstetrícia, cirurgia torácica, cirurgia geral, plástica, urologia, anestesia, traumatologia e ortopedia, pediatria, enfermagem e fisioterapia.

Para a Pro Delphus, a metodologia é essencial para aproximar o aluno da realidade cirúrgica sem os riscos inerentes a um período de treinamento. “É preciso apresentar-se no treinamento como de fosse realidade e, fazendo assim, podemos afirmar que se modificam as atitudes e é possível aumentar o comprometimento com o ensino. A autoconfiança e os limites podem ser observados por preceptores e é possível testar a habilidade de novos cirurgiões”, afirma o gerente geral da empresa, Dr. Marcos Lyra.

Ele completa que a participação da FACEPE, e o programa de subvenção econômica, foi o canal encontrado para demonstrar que a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação possibilitam a geração de conhecimento, emprego e renda para Pernambuco.
Os trabalhos realizados com os simuladores comprovaram a redução a dias ou semanas um período de aprendizagem que seria de meses ou anos. Com preços que variam de R$300,00 a R$10.000,00 dependendo do modelo, estão disponíveis e prontos para utilização.

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Na foto, Dr. Marcos Lyra em demonstração de simulador (Crédito: Divulgação FACEPE)