Começa a 20ª Jornada de Iniciação Científica da Facepe

A 27ª Jornada de Iniciação Científica da Facepe foi aberta na manhã desta segunda-feira (12) por meio de uma live transmitida no canal oficial da Fundação no Youtube. O formato remoto foi adotado para facilitar a participação dos pesquisadores do Interior do Estado. O evento, que tem como tema os 20 anos do Estatuto da Pessoa Idosa, foi marcado por palestras de especialistas da UPE e UFPE.

“Mantivemos o formato virtual, sem nos darmos conta de que também estávamos favorecendo às orientadoras mães do Interior, que deixavam de acompanhar seus alunos na Jornada presencial porque não tinham como alterar as rotinas familiares”, pontuou uma das organizadoras da Jornada, a assessora técnica da Facepe Sandra Naoko.

Até o fim desta semana, serão apresentados mais de 560 projetos desenvolvidos em 23 campi de instituições de ensino superior de Pernambuco, sendo nove da Região Metropolitana do Recife e 14 de cidades do Interior como Arcoverde, Caruaru, Garanhuns, Nazaré da Mata, Pesqueira, Petrolina, Serra Talhada e Vitória de Santo Antão.

Durante a abertura, a presidente da Facepe, Fernanda Pimentel, agradeceu à equipe organizadora e aos participantes da Jornada destacando a importância da iniciação científica na formação dos estudantes, independentemente de seguirem carreira acadêmica.

“Isso vai ser útil para qualquer atividade profissional que eles venham a exercer porque eles vão ficar sabendo como se realiza uma pesquisa, quais são os métodos, como se avaliam os resultados, como se pensa cientificamente. Isso é fundamental não só para quem vai seguir carreira acadêmica, mas para qualquer profissional”.

A gestora também fez uma menção especial in memorian ao cientista Ricardo Ferreira, pesquisador da área de Química e Física de reconhecimento internacional que dá nome ao Prêmio concedido aos melhores trabalhos apresentados na Jornada.

Logo depois, a palestra proferida pela professora da UFPE, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano, discutiu o Idadismo contra Pessoas Idosas. Ela apresentou dados com projeções do envelhecimento populacional no mundo e no Brasil e como isso terá impactos sociais, econômicos e políticos.

Maria das Graças explicou ainda o conceito de Idadismo, que começou a ser desenvolvido pelo gerontólogo Robert Butlher no final dos anos 1960 e que trata do preconceito a pessoas por conta da idade cronológica. Ainda de acordo com a pesquisadora, o ‘tratamento infantilizador’, discriminação e estereótipos fazem parte da natureza do Idadismo.

Ela finalizou apresentando estratégias para combater o Idadismo, incluindo políticas educacionais “em todos os níveis e tipos de formação, do primário à universidade, e em contextos formais e informais”.

Na sequência, o professor Mauro Virgílio Gome de Barros, da UPE, falou sobre Estilos de Vida e Saúde em Pessoas Idosas a partir dos resultados de um grupo de pesquisa de mesmo nome. De acordo com ele, esse estilo é determinado por padrões de consumo, lazer, trabalho e práticas domésticas e utilitárias.

Má alimentação, sedentarismo, recusa em tomar medicações, falta de socialização foram alguns dos fatores apontados como estilo de vida com riscos à saúde, mas que a promoção de estilos de vida saudáveis, assim como outros resultados, pode ser obtida a partir de estratégias relativamente simples”.