PIBIC e o Coronavirus

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As submissões do edital 01/2020 PIBIC 2020 estão abertas até o dia 15 de abril. Mas em função da pandemia do coronavirus e das medidas preventivas adotadas por várias instituições e profissionais, os projetos que necessitam do parecer do comitê de ética para as suas submissões estão quase que impossibilitadas (se não com grandes dificuldades) de conseguir o documento necessário exigido no edital.

Compreendendo a situação anormal que vivemos a partir da chegada dessa pandemia ao Brasil, em especial à Pernambuco, a FACEPE traz as seguintes orientações para os postulantes ao edital PIBIC 2020 especificamente no campo do documento do parecer do comitê de ética:

  1. os processos que dispensam o parecer: anexar declaração informando a não necessidade do parecer do comitê de ética;
  2. os processos que necessitam anexar o parecer do comitê de ética e já o tem: anexar o parecer no referido campo;
  3. os processos que necessitam anexar o parecer do comitê de ética e NÃO O OBTIVERAM AINDA: anexar declaração informando a impossibilidade na obtenção desse documento nesse período.

Para os processos que se enquadrem no caso 3: se aprovados, devem – no momento do aceite da bolsa – anexar além do comprovante de matrícula atualizado do aluno, o parecer do comitê de ética.

Em caso de dúvidas, encaminhar e-mail para fomento@facepe.br.

Aproveitamos para informar que em função das medidas preventivas adotadas pela FACEPE diante do coronavirus, o expediente da instituição é apenas interno em regime de plantões. Todas as dúvidas e esclarecimentos serão realizados via meio eletrônico (e-mails e helpdesk) - https://www.facepe.br/coronavirus-covid-19-e-a-facepe-medidas-adotadas/

 

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 RELATÓRIOS PARCIAIS DAS BIC 

Para os relatórios parciais das bolsas IC da FACEPE onde é necessário o envio do comprovante de matrícula atualizado, a FACEPE está aceitando que esse documento seja o obtido via sistema da IES correspondente, sem assinatura e carimbo das secretarias.

CNPq homologa o resultado do edital 04/2019 PDCTR – edição 2019

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FACEPE publica o resultado da edição 2019 do edital 04/2019 Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e Regional (PDCTR) após homologação pelo CNPq.

Ao todo são 20 projetos aprovados que receberão:

  • bolsa do CNPq no valor de R$ 4.200,00/mês (por até 36 meses)
  • bolsa complementar FACEPE de R$ 900,00/mês (por até 36 meses)
  • auxílio à projeto de pesquisa (FACEPE) de R$ 36.000,00 (em 3 parcelas anuais)

Os pesquisadores aprovados receberão dentro de alguns dias, e-mail informando sua aprovação o qual conterá instruções para os próximos passos.

Para o resultado, acesse aqui.

  • https://www.facepe.br/wp-content/uploads/2020/03/Edital_FACEPE_04-2019_PDCTR-RESULTADO-1ª-Rodada.pdf

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo abre quatro chamadas para pesquisas relacionadas à Internet

A Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) está com quatro chamadas abertas em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTCI). Podem submeter propostas pesquisadores de universidades e instituições de pesquisa sem fins lucrativos de todo o país. As chamadas têm como objetivo intensificar atividades de pesquisa científica e tecnológica em temas relacionados à internet e de interesse do Brasil e do Estado de São Paulo. Confira abaixo:

1)      Chamada de Propostas FAPESP/MCTIC – 2019 (PIPE), www.fapesp.br/13841: voltada ao Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), na Fase 2 Direta. Podem submeter propostas pesquisadores que tenham vínculo empregatício ou societário com empresas de até 250 funcionários sediadas no Brasil e que apresentem projetos de pesquisa orientados ao desenvolvimento da Internet. As propostas devem ter duração prevista de até 24 meses. O valor máximo de financiamento previsto é de até R$ 1 milhão para cada projeto. A data final para submissão de propostas é 8 de abril de 2020.

2)      Chamada de Propostas FAPESP MCTIC – 2019 (PITE), www.fapesp.br/13842: aberta a pesquisadores em instituições de pesquisa no Brasil que atendam aos critérios da FAPESP para submissão de propostas no Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE). São elegíveis como empresas parceiras empresas localizadas no Brasil ou no exterior e cofinanciados por estas. As propostas devem ter duração prevista de até 5 anos e orçamento solicitado não superior a R$ 500 mil reais por ano para a FAPESP. A empresa parceira deve se comprometer a alocar o mesmo valor que for solicitado à FAPESP. A data final para submissão de propostas é 8 de abril de 2020.

3)      Chamada de Propostas FAPESP/MCTIC – 2019 (Regular e Temático), www.fapesp.br/13757: aceita propostas nas modalidades Auxílio à Pesquisa – Regular ou Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático. A data final para submissão de propostas é 8 de abril de 2020.

4)      Chamada de Propostas FAPESP/MCTIC – CGI.BR para Centros de Pesquisas Aplicadas em Inteligência Artificial, www.fapesp.br/13896: oferece apoio para a criação de até quatro Centros de Pesquisas Aplicadas (CPA) em Inteligência Artificial, sendo 2 no estado de SP e 2 em outros estados. Buscam-se propostas que tratem de pesquisa avançada em inteligência artificial aplicadas nas áreas de Saúde, Agricultura, Indústria e Cidades Inteligentes. Os CPAs serão financiados por um período de 5 anos podendo ser renovados por mais 5 anos, totalizando até 10 anos, de acordo com os resultados apresentados. O orçamento solicitado para cada CPA pode ser de no máximo R$ 1 milhão por ano para a FAPESP, devendo apresentar o compromisso de mais R$ 1 milhão por ano da empresa parceira. A FAPESP reservará um total de até R$ 40 milhões para a implementação da primeira fase deste programa. A data final para submissão de propostas é 20 de maio de 2020.

Outras informações podem ser obtidas no site www.fapesp.br

FACEPE prorroga prazo de avaliação da Fase 3 do CENTELHA/PE

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A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), informa que o prazo de avaliação da Fase 3 do edital 08/2019 – Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores – CENTELHA/PE, foi prorrogado por mais 15 dias.

O Programa CENTELHA/PE visa estimular a criação de empreendimentos inovadores, a partir da geração de novas ideias, e disseminar a cultura do empreendedorismo inovador em todo território nacional, incentivando a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país.

As avaliações da Fase 3 irão até 30/03/2020, no endereço eletrônico www.programacentelha.com.br, no qual é possível obter mais informações sobre o programa e seu edital detalhado.

Novo cronograma clique aqui.

Coronavirus (COVID-19) e a FACEPE – medidas adotadas

 

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A chegada da pandemia de COVID-19 (coronavirus 2019 disease) recomenda a adoção de medidas especiais de proteção da saúde e da segurança de nossa comunidade – pesquisadores e estudantes que se beneficiam de auxílios e bolsas da Fundação, assessores e servidores da FACEPE -, no sentido de evitar ou conter a propagação da doença.

Em função deste quadro, recomenda-se aos pesquisadores/bolsistas que adiem viagens que não sejam estritamente necessárias no momento, em especial para regiões com elevada incidência de casos, e que considerem o adiamento ou cancelamento da organização de eventos programados, sempre que isso seja possível, seguindo as orientações de sua instituição.

A FACEPE já tem procedimentos que podem evitar prejuízos aos pesquisadores responsáveis para casos justificados de cancelamento ou adiamento de viagens de visitantes ou de pesquisadores para participação em reuniões. Faz parte dos procedimentos normais a possibilidade de mudanças justificadas nos projetos, resultantes de acontecimentos imprevistos, como, por exemplo, a necessidade de retorno antecipado ao país. É essencial nestes casos haver justificativa documentada para a solicitação, a qual será analisada pela fundação.

Caso seja necessário solicitar modificação em seu auxílio ou bolsa, lembre-se que todas as Solicitações de Mudança devem ser apresentadas por e-mail às Diretorias respectivas, podendo a Fundação aprová-las, desde que devidamente justificadas e documentadas.

Em caso de urgência justificada, em razão de eventos relacionados ao coronavírus, encaminhe sua dúvida pelo Fale Conosco com a FACEPE, escolhendo na lista de assuntos o tema “COVID-19”, e incluindo o número do processo para que o caso específico possa ser avaliado. Esclarecemos que este canal de comunicação não responderá questionamentos sobre outros assuntos, devendo ser utilizado exclusivamente para justificar a necessidade de urgência relacionada ao coronavírus.

Comunicamos também que a FACEPE, a partir do dia 17/03/2020, não mais atenderá pesquisadores para a entrega física de documentos e esclarecimento de dúvidas em sua sede. Em caso da necessidade de encaminhar documentos à FACEPE, esses devem ser remetidos pelo Correio, com Aviso de Recebimento (AR).

As bolsas de pós-graduação (IBPG) em fase de implementação deverão aguardar em casa, em seus e-mails, o Termo de Outorga. Esse documento deverá ser impresso, assinado e enviado, via correios (AR) para a FACEPE aos cuidados do Setor de Termo de Outorga (endereço abaixo).

Para todas as demais modalidades tanto de auxílio, quanto de bolsa que estejam em fase de implementação o procedimento deverá ser o mesmo das IBPGs acima.

Todas as dúvidas devem ser enviadas via e-mail para as unidades respectivas (https://www.facepe.br/a-facepe/colaboradores/) ou pelo sistema de suporte on-line HELPDESK-FACEPE (https://helpdesk.facepe.br/).

A FACEPE voltará a se comunicar com a comunidade sobre esses problemas e fornecerá orientações à medida que novas recomendações dos órgãos de saúde pública estiverem disponíveis.

FACEPE – Rua Benfica, 150 – Madalena – CEP:  50720-001 Recife – PE

Inscrições para o Prêmio Naíde Teodósio Ano XII foram prorrogadas até o dia 10 de abril

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Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher-PE) informam que o prazo de submissão das propostas para o edital 27/2019 – Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero Ano XII foi prorrogado por mais 30 dias. Novo encerramento: 10/04/2020.

Há 13 anos, a Secretaria da Mulher de Pernambuco realiza o concurso criado para estimular o debate crítico para promoção da igualdade de gênero e enfrentamento às diversas formas de discriminação e preconceito contra as mulheres. Alunos de todas as modalidades matriculados em instituição no estado de Pernambuco e os que concluíram em 2019 podem concorrer a seleção. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do link: www.secmulher.pe.gov.br ou www.facepe.br. Os trabalhos podem ser elaborados nos formatos de redação, artigo científico, relato ou projeto de experiência pedagógica e documentário de curta metragem.

O Prêmio é uma parceria entre as secretarias estaduais da Mulher; Educação; Ciência, Tecnologia e Inovação; e Planejamento, além da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e a FACEPE. Outras informações podem ser obtidas pela Central de Teleatendimento da Cidadã Pernambucana pelo telefone 0800-2818187. A ligação é gratuita e pode ser feita de fixo ou celular.

Presidente da FACEPE e pesquisadora da UPE fazem palestra na Unicap sobre os desafios e possibilidades do fomento à pesquisa em Pernambuco

O presidente da FACEPE, Prof. Dr. Fernando Jucá, foi um dos palestrantes da aula inaugural do semestre letivo da pós-graduação da Universidade Católica de Pernambuco. O evento, transmitido ao vivo pelo Facebook, aconteceu na manhã desta segunda-feira (9) e reuniu estudantes, gestores e coordenadores de cada um dos dez programas de Stricto Sensu da Unicap e de centros de pesquisa. Além de Jucá, também foi convidada como palestrante a Prof. Drª Tereza Cartaxo, da Universidade de Pernambuco.

IMG_5768Durante sua explanação, o presidente da Fundação falou sobre a necessidade de mensuração dos impactos da pesquisa no desenvolvimento econômico. De acordo com Fernando Jucá, um dos fatores que podem favorecer esta mensuração é a interação com o setor produtivo não-acadêmico. Para isso, Jucá defendeu uma melhor articulação do Sistema Pernambucano de Inovação (Spin), que reúne 300 instituições entre centros de pesquisa, universidades, bancos públicos, empresas, parques tecnológicos e poder público. O presidente da FACEPE também mostrou a competitividade entre os estados a partir de dados do Tesouro Nacional. Pernambuco apresentou melhora em alguns indicadores como Infraestrutura (6ª colocação), Educação (14ª colocação), Potencial de Mercado (22ª colocação), mas caiu 15 posições em Solidez Fiscal (23ª colocação). No Ranking Geral, o Estado subiu três posições.

Em outro momento da palestra, Fernando Jucá apresentou ações da Fundação que tem o quinto maior orçamento entre as agências de fomento à pesquisa do Brasil. A previsão orçamentária para 2020 é de cerca de R$ 70 milhões. Entre os anos de 2014 e 2018, o Governo de Pernambuco investiu R$ 284 milhões. As áreas que mais conquistaram recursos foram Saúde, Educação e Agricultura. Além de destacar as comemorações dos 30 anos da FACEPE, o gestor enfatizou que a instituição está buscando focar projetos que visem políticas públicas de desenvolvimento econômico e social e soluções para problemas urgentes, a exemplo dos editais do zika vírus e do derramamento de petróleo no litoral de Pernambuco. No caso da tragédia ambiental foram dois editais: o 22/2019 na ordem de R$2,4 milhões; e o 23/2019 em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que vai destinar R$ 3 milhões por meio de um acordo de cooperação.

Jucá também falou do Programa Centelha, que visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. O programa oferece capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso. “É um programa belíssimo que tem um apoio importante da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). A gente teve 277 ideias submetidas em Pernambuco em diferentes áreas. Tecnologia Social bombou! Foi gratificante pra gente”. Ele destacou ainda dois projetos que contam com recursos da FACEPE. O Neurobots trata do desenvolvimento de tecnologia de exoesqueleto controlada por sensores cerebrais que ajuda vítimas de acidente vascular cerebral na recuperação de movimentos. Já o Qualihouse desenvolve dispositivos inteligentes que exploram o conceito de Internet das Coisas (IoT) para o gerenciamento de energia, sensores de ambiente, estacionamento inteligente e plataforma de marketing personalizado.

IMG_5755Fernando Jucá comentou a redistribuição das bolsas de pós-graduação por parte do governo federal. As regiões Sul e Sudeste tiveram aumento, enquanto o Nordeste teve redução. “Em Pernambuco, 63,1% dos alunos não tinham nenhuma bolsa”, disse ele apresentando dado de 2019. Ainda de acordo com Jucá, a FACEPE está desenvolvendo como política “o fortalecimento de cursos de pós-graduação com notas 3 e 4 (os mais atingidos pelos corte do governo federal); foco na internacionalização; consolidação de novos cursos de doutorado; garantia de consultoria e acompanhamento por parte da Capes e da FACEPE”.

As dificuldades impostas pela atual conjuntura também marcaram o discurso de Tereza Cartaxo. Ela começou a sua explanação fazendo um panorama da Educação no Brasil, apresentando um dado surpreendentemente positivo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que revela que o Brasil investe 5,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na área. Mas, de acordo com a pesquisadora, o país enfrenta vários desafios no que se refere à formação de uma política pública mais eficiente nesse tipo de investimento. “Estamos numa fase de não-investimento na Educação, na Pesquisa, em Pós-graduação, um não-investimento em tudo o que leva ao desenvolvimento do país”.

Em outro momento de sua participação, Tereza, que tem uma larga experiência em projetos de pesquisa nacionais e internacionais na área de ciências biológicas, convocou os estudantes a pensar novas políticas públicas. Ela apresentou várias iniciativas e editais de fomento à pesquisa da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e FACEPE com instituições de outros países. “Se você nunca submeter, você nunca vai ganhar”, disse ela em tom descontraído ao encorajar alunos e professores a apresentarem projetos.

IMG_5802Ao final, Tereza Cartaxo ressaltou a importância da qualificação permanente do capital humano com a presença de pós-doutores nos programas de pós-graduação e passou uma mensagem de esperança para aqueles que estão começando na pós: “vocês são o futuro dessa nação. A gente não pode desistir de lutar, mas a gente tem que buscar oportunidades nas situações difíceis”.

O periódico Educational Researcher irá publicar, pela primeira vez, um artigo resultante de uma pesquisa brasileira apoiada pela FACEPE no âmbito do Edital 23.2/2014 PEPE

Jogos que estimulam a consciência fonológica de crianças da educação infantil melhoram o aprendizado de leitura e escrita

Jogos que estimulam a consciência fonológica de crianças da educação infantil melhoram o aprendizado de leitura e escrita

Texto original da Agência Bori (com acréscimos da Assessoria de Comunicação FACEPE)

Periódico científico Educational Researcher, o mais lido pelos pesquisadores educacionais nos EUA, irá publicar, pela primeira vez, uma pesquisa feita no Brasil. Para acessar o artigo aprovado para publicação, clique aqui. A publicação oficial ocorrerá em 09 de Março de 2020.

O projeto “Plataforma de Alfabetização Interligada – PAI” foi apoiado pela FACEPE  de 2016 a 2018 na modalidade Subvenção à Inovação vinculada ao Edital 23.2/2014 PEPE 2014.2

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Jogos que estimulam a consciência fonológica de crianças da educação infantil melhoram o aprendizado de leitura e escrita

Highlights

  • Consciência fonológica inclui habilidades como separar sílabas e identificar rimas e palavras que iniciam com o mesmo som
  • Experimento feito com 749 crianças apontou ganhos significativos no desenvolvimento da leitura (+68%) e escrita (+48%)
  • Mais de 100 escolas, em Pernambuco, Ceará e São Paulo, já adotaram esses jogos

Um experimento realizado com alunos de educação infantil mostrou que o uso de jogos digitais de consciência fonológica — conceito que abarca uma série de habilidades, como  separar sílabas, juntar sons para formar novas palavras e reconhecer rimas e vocábulos iniciados pelos mesmos sons — aumentou a aprendizagem em leitura e a habilidade de escrita das crianças.

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Os resultados da pesquisa, que integram a tese de doutorado em educação do brasileiro Americo Amorim, defendida em 2018 na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estão em artigo publicado em março, no periódico científico Educational Researcher.

Partindo da literatura internacional, que aponta que o baixo aprendizado em leitura e escrita está associado à falta de estimulação adequada das crianças na faixa etária pré-escolar, Amorim desenvolveu um programa de estimulação da consciência fonológica por meio de 20 atividades lúdicas gamificadas, que foram realizadas por meio de tablets de baixo custo. Elas foram aplicadas, com a ajuda de professores e psicólogos, durante três meses do segundo semestre de 2017, em 17 escolas particulares de cinco cidades pernambucanas – Recife, Olinda, Paulista, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes.

Um total de 749 alunos, de 62 turmas, com idade média de 4 anos e meio, participou do experimento. As crianças foram divididas, por sorteio, em dois grupos — o que realizou as atividades propostas e o que não as fez (grupo de controle). Ambos os grupos passaram por avaliações antes e depois desse período, e os resultados foram comparados. Os alunos que realizaram o programa tiveram resultados superiores em 68% (leitura) e 48% (escrita) em relação a aqueles que não participaram. Os jogos também geram relatórios que permitem que professores e gestores acompanhem o aprendizado dos alunos.

“Uma das principais contribuições da pesquisa é mostrar a importância de fazer esse tipo de estimulação lúdica já na educação infantil, o que contribui para a alfabetização na idade correta no ensino fundamental”, observa Amorim.

Corta PalavrasO trabalho envolveu também pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e contou com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e da Escribo Inovação para a Aprendizagem, empresa fundada por Amorim em 2015, que desenvolve e comercializa jogos pedagógicos.

Em 2018, a pesquisa foi repetida em escolas públicas, e os resultados, de acordo com Amorim, foram ainda melhores. “Crianças que recebem menos estímulos em casa e na escola acabam se beneficiando ainda mais. As turmas que utilizaram os jogos avançaram o dobro em leitura e o triplo em escrita. Isso nos motivou a continuar aperfeiçoando os jogos para atender cada vez mais as necessidades desses alunos”.

Atualmente, mais de 100 escolas localizadas nos estados de Pernambuco, Ceará e São Paulo utilizam os programas, a maior parte delas da rede pública.

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Mais informações

Americo Amorim, Doctor of Education

(81) 98825-2748

americo@jhu.edu

 

FACEPE promove mostra de resultados de pesquisas desenvolvidas com recursos do edital do Zika Vírus

IMG_5312A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) promoveu, na manhã desta terça-feira (18), uma mostra de resultados com 19 pesquisadores de várias instituições que desenvolvem estudos científicos sobre o Zika Vírus. Os projetos multidisciplinares abordam genética, física, biologia, tecnologia da informação, entre outros campos do conhecimento. A produção científica pernambucana tem reconhecimento internacional com dezenas de trabalhos divulgados nas mais respeitadas publicações científicas do mundo. Diagnósticos rápidos,  biolarvicidas e até um aplicativo de acompanhamento de crianças vítimas da microcefalia em decorrência do Zika foram apresentados. Ações concretas fruto de pesquisa financiada com recursos da Fundação e da Secretaria Estadual de Saúde (SES) a partir do edital emergencial 04/2016.

IMG_5326O evento contou com as presenças do presidente da FACEPE, Fernando Jucá, do diretor Científico Paulo Cunha e da diretora de Inovação Aronita Rosenblatt. “Foi uma experiência pernambucana das mais dolorosas, mas cientificamente uma das mais importantes. Pernambuco estava conhecido como o estado de maior concentração de mulheres grávidas vítimas do Zika Vírus, mas também com a maior concentração de competências para resolver os problemas”, destacou Aronita ressaltando que as pesquisas apoiadas pela FACEPE tiveram mais de 50 trabalhos publicados em revistas científicas internacionais reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda de acordo com a gestora, na época, o edital aprovou 23 projetos.

Um desses projetos é o Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg), que reúne cientistas de várias instituições nacionais e internacionais. A rede de profissionais inclui especialistas em epidemiologia, doenças infecciosas e clínicos; investigadores na área da saúde reprodutiva, pediatras, neurologistas e biólogos. A iniciativa conta com pouco mais de R$ 170 mil em recursos aprovados pelo edital conjunto da FACEPE e Secretaria Estadual de Saúde. Durante a apresentação dos primeiros resultados na FACEPE, o coordenador Demócrito de Barros Miranda Filho apresentou alguns números. Foram 53 mutirões de saúde realizados com a realização de 8.981 exames. Ainda de acordo com dados mostrados por ele, 611 crianças foram avaliadas. Apesar dos avanços e descobertas que resultaram em medidas de prevenção ao problema, o pesquisador chama atenção para a  circulação do Zika Vírus. “As pessoas acham que o Zika acabou, mas é interessante a gente mostrar que ainda está havendo casos”.

IMG_5334O vetor transmissor da doença também é objeto de investigação dos cientistas. Um dos grupos levantou e comprovou a hipótese de que o Zika Vírus pode ser transmitida aos humanos por espécies de mosquitos diferentes do conhecido Aedes Aegypti. A descoberta foi liderada pela pesquisadora do  Instituto Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz (IAM/Fiocruz), Constância Ayres, que explicou durante a mostra de resultados da FACEPE como surgiu a investigação. ”Se tinha estabelecido que o Aedes Aegypti era o vetor exclusivo em área urbana e aí o nosso grupo foi o primeiro a questionar esse paradigma porque nas áreas onde houve as primeiras epidemias, na Micronesia e na Polinesia Francesa, o Aedes não existia. Porque ele seria a espécie exclusiva se a transmissão ocorreu onde essa espécie não existia? Então a gente levantou essa possibilidade e enfrentamos muita resistência do mundo acadêmico”. O grupo coordenado por Constância foi o único do mundo a fotografar a presença do Zika Vírus na saliva do mosquito Culex. Popularmente conhecida como muriçoca, a espécie é a mais abundante do mundo. A descoberta rendeu a publicação de 13 artigos científicos, dez resumos em congressos e 51 entrevistas aos meios de comunicação.

IMG_5375Além das áreas de Saúde e Biologia, o edital aprovou projetos também em Tecnologia da Informação. A pesquisadora Edna Barros, do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (Cin/UFPE), mostrou o Mob Care. Além da versão web, a tecnologia conta com um aplicativo criado para facilitar o acompanhamento dos profissionais de saúde e cuidadores na evolução diária das crianças vítimas de microcefalia. Nele o usuário pode colocar informações clínicas, anotar novos sintomas e assistir a vídeos que ensinam a fazer a terapia complementar em casa. O Mob Care está em fase de testes em parceria com a Fundação Altino Ventura. “Tem sido uma parceria muito boa. Hoje nós temos vários alunos voluntários. São alunos voluntários que quando veem o sofrimento de quem está do outro lado, ele trabalha da forma que for necessária. Tem sido uma parceria muito legal para despertar nos alunos a necessidade da inclusão, principalmente das mães, que se sentiam muito sós”.

Também participaram da mostra, as pesquisadoras doutoras do IAM/Fiocruz, Maria Alice Varjal e Maria de Fátima Militão, além das representantes da SES, Patrícia Ismael, Claudenice Pontes, Rayane Azevedo e Bárbara Silva.