Projeto financiado pela FACEPE é indicado ao Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS XVI Edição – Ano 2017
O projeto da pesquisadora, Maria Alice Varjal de Melo Santos, PhD em Saúde Pública, intitulado: Tecnologias integradas para controle biológico, mecânico e genético de Aedes aegypti está entre os indicados para o Prêmio de Incentivo em Ciência, Tecnologia e Inovação para o SUS XVI Edição – Ano 2017.
O projeto foi apoiado pela FACEPE através do Edital 13.3/2012 – PPSUS REDE, vigente entre 2014 e 2016. O resumo do projeto para divulgação: “A dengue é hoje a arbovirose transmitida por mosquitos de maior repercussão epidemiológica no cenário mundial. Espécies invasivas, como Aedes aegypti e mais recentemente Aedes albopictus, desempenham um papel chave na expansão territorial das áreas de transmissão dos sorotipos do vírus Dengue. Diante da inexistência de uma vacina especifica, a principal forma de controle da incidência da dengue continua sendo a redução populacional dos mosquitos vetores, especialmente A. aegypti, a níveis que não representem riscos de surtos epidêmicos ou epidemias de grandes proporções. Apesar dos esforços empreendidos pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), mais de 3.500 dos 5.550 municípios brasileiros permanecem infestados pelo mosquito. Além da elevada complexidade associada às diferentes medidas/ações necessárias ao controle efetivo do mosquito, que por muitas vezes transcendem a governança do setor saúde, as dificuldades têm aumentado nos últimos anos com a constatação da disseminação da resistência aos inseticidas (organofosforados e piretroides) entre as populações de campo. A proposta deste projeto é avaliar tecnologias inovadoras, mais seletivas e ambientalmente seguras que possam ser integradas aquelas já dirigidas ao controle de A. aegypti, em espaços urbanos do Estado de Pernambuco/Brasil. Para tanto, metodologias de aplicação em spray de produtos à base de Bti (biolarvicida) visando a ampliação da cobertura de controle larval, o uso massivo de armadilhas (ovitrampas-controle) para coleta de destruição de ovos, bem como a liberação de machos estéreis do mosquito, são novas ferramentas que serão incorporadas á rotina do programa local de controle vetorial de A. aegypti, nas seguintes áreas: bairro da UR-07/Várzea/Recife, e na Ilha de Fernando de Noronha. O projeto será realizado com a colaboração de instituições de pesquisa (Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, CPqAM/FIOCRUZ/MS), ensino (Departamento de Energia Nuclear/UFPE), serviços em saúde (Secretarias de Saúde do Recife Estadual de Pernambuco), bem como do setor privado (Multiave). O projeto em questão se propõe a avaliar a efetividade e viabilidade das estratégias supracitadas e sua adequação a rotina dos serviços de saúde, com o intuito de disponibilizar aos gestores do SUS, sobretudo os envolvidos com a tomada de decisão para vigilância e controle vetorial de A. aegypti, subsídios técnicos sobre novas tecnologias hoje disponíveis ao PNCD.”
Esta foi, entretanto, apenas a primeira fase onde 64 projetos foram selecionados para a categoria Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS.
Na segunda fase, uma comissão julgadora composta por membros de diversas secretarias do MS, do MCTIC, do MDIC, da ANVISA, do CONFAP, do BNDES, da CAPES/MEC e do CNPq, entre outros, com notório reconhecido conhecimento na área de Ciência e Tecnologia em Saúde definirá em plenária as pesquisas premiadas sendo, 1 (um) primeiro, 1 (um) segundo e 1 (um) terceiro lugar nacional (até 27 propostas, sendo uma de cada UF). As respectivas FAP e SES vinculadas às pesquisas premiadas receberão menções honrosas.
Como Prêmio na categoria Experiências Exitosas do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde – PPSUS, os coordenadores vencedores receberão: 1º Lugar Nacional (R$ 50.000,00); 2º Lugar Nacional (R$ 30.000,00); 3º Lugar Nacional (R$ 20.000,00).
A entrega da premiação ocorrerá nos dias 29 e 30 de novembro em São Paulo/SP, durante o evento “Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde 2017: conectando pesquisas e soluções”.