A Facepe

Facepe

Criada pela Lei Estadual N° 10.401/1989 e vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (SECTEC), a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE) tem como missão institucional promover o desenvolvimento científico e tecnológico do estado, através do fomento à ciência, tecnologia e inovação, mantendo estreita sintonia com o atendimento às suas necessidades socioeconômicas.

O fomento em questão se desenvolve principalmente através da concessão de financiamento não reembolsável para o custeio de atividades de formação de recursos humanos de alto nível ou de projetos de pesquisa científica ou tecnológica realizados em instituições de pesquisa ou em empresas localizadas em Pernambuco.

O financiamento é realizado principalmente através da concessão de bolsas de estudo ou pesquisa e da concessão de auxílios financeiros a pesquisador para o custeio tanto de projetos de pesquisa científica ou tecnológica desenvolvidos por pesquisadores locais, como de outras atividades relevantes em ciência, tecnologia e inovação, tais como a organização de cursos e reuniões científicas, a realização de estágios de treinamento de pesquisadores, a participação de pesquisadores em congressos científicos fora do estado, etc. Outras linhas de financiamento são destinadas a fomentar o processo de inovação tecnológica nas empresas, inclusive através da concessão de subvenção econômica à inovação.

Os instrumentos mais frequentemente utilizados para o fomento – bolsas e auxílios de diversas modalidades – são concedidos pela FACEPE a uma pessoa física (estudante ou pesquisador), e contratados com o beneficiário mediante a assinatura de um termo de concessão e aceitação da bolsa ou do auxílio financeiro (denominado Termo de Outorga). A subvenção econômica é concedida pela FACEPE a pessoas jurídicas (empresas) para o custeio de projetos de inovação, sendo formalizada por meio de contrato de concessão firmado com a empresa beneficiária.

A Lei 14.405, de 23 de setembro de 2011, tornou explícita a permissão legal para a concessão de bolsas e auxílios pela Fundação, como exige a Lei de Responsabilidade Fiscal. Estão elencadas na lei dez tipos de atividades que a FACEPE está autorizada a apoiar com a concessão de bolsas de estudo ou de pesquisa e auxílios financeiros a pessoas físicas, além da possibilidade de concessão de subvenção econômica a empresas, em conformidade com o que já dispunha o artigo 17 da Lei Nº 13.690, de 16 de dezembro de 2008. Todas as modalidades de bolsas, auxílios e subvenções utilizadas na atividade de fomento da FACEPE são instituídas pelo Conselho Superior da Fundação, e sua concessão deve atender a finalidades, condições, requisitos e prazos bem definidos, em consonância com aquelas autorizações legais.

Facepe lança 3ª rodada do Edital Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde PPSUS – Rede

Recife, quinta-feira, 08 de Agosto de 2013


Incentivar o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação em saúde pública em temas prioritários para Pernambuco. Este é o objetivo do Edital “Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde PPSUS – Rede”, cuja 3ª rodada está sendo lançada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). Nesta rodada foi incluído o tema “Dengue”, dentro do eixo temático “Doenças Negligenciadas”.

A data limite para a submissão das propostas é 09 de setembro de 2013. Os proponentes devem ficar atentos para as mudanças na forma de submissão das propostas para esta rodada. Elas devem ser apresentadas, simultaneamente, via Internet, para os sistemas informatizados AgilFap, da Facepe (http://agil.facepe.br/), e SISC&T – Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde do Ministério da Saúde (http://portal2.saude.gov.br/sisct/), além da entrega de documentação impressa complementar às duas instituições. 

O Edital 13/2012 é uma parceria da Facepe, Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ministério da Saúde (MS) e CNPq. Para esta rodada são reservados recursos da ordem de R$ 3,2milhões, podendo os proponentes solicitar até R$ 50 mil, para propostas da faixa “A”, de R$ 50 mil a R$ 200 mil, para a faixa “B”, e de R$ 200 mil a R$ 400 mil, para a faixa “C”, tendo todas as faixas direito a bolsas da Facepe. 

Nas primeira e segunda rodadas foram aprovados 27 projetos, com investimento de mais de R$ 2,4 milhões. 

Programa Pesquisa para o SUS – Visando a contribuir para o incremento científico e tecnológico em saúde no País e para a redução das desigualdades regionais nesse campo, o Ministério da Saúde, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos – Decit/SCTIE/MS, vem desenvolvendo atividades de fomento descentralizado à pesquisa nos estados da federação, por meio do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão compartilhada em saúde – PPSUS. 

O objetivo geral do Programa é apoiar o desenvolvimento de pesquisas que visem a contribuir para resolução dos problemas prioritários de saúde da população brasileira e para o fortalecimento da gestão do Sistema Único de Saúde. O PPSUS envolve parcerias no âmbito federal e estadual. No nível federal participam o Ministério da Saúde, por meio do Decit, que é o coordenador nacional do Programa, e o CNPq, que é a instituição responsável pelo gerenciamento técnico-administrativo do PPSUS em nível nacional. Na esfera estadual operacionalizam e cofinanciam o programa a Facepe e a Secretaria Estadual de Saúde – SES. 

São apoiados projetos em dois Eixos Temáticos. O primeiro, definido pelo MS, orienta o programa para apoiar pesquisas em subtemas bem definidos na área de gestão em saúde, a fim de subsidiar a organização de redes regionais de atenção à saúde. No segundo eixo, definido pela SES, são apoiadas pesquisas nas linhas de interesse do SANAR – Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas. 

As propostas devem atender aos eixos e às linhas temáticas estabelecidas com base nos resultados das “Oficinas de Prioridades para o PPSUS em Pernambuco”, realizadas em maio de 2012 e junho de 2013. A seleção das linhas para o Edital 13/2012 visa a orientar o fomento para a indução seletiva de projetos destinados à produção de conhecimentos e de metodologias ou meios processuais inovadores para a superação de problemas que efetivamente demandam atividades de pesquisa e não podem ser enfrentados apenas por uma combinação de meios de intervenção já existentes.

Conheça os Eixos Temáticos e outras informações consultando o Edital 13/2012 na íntegra.

 

Sai resultado da primeira etapa de avaliação de propostas para o Edital Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero 2013

Recife, quarta-feira, 07 de agosto de 2013


Foram divulgados na edição do Diário Oficial do Estado de Pernambuco, ontem (6), os nomes dos candidatos selecionados na primeira etapa da versão 2013 do edital Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero, seleção pública destinada a premiar trabalhos sobre as dimensões de classe social, raça, etnia e geração das mulheres em Pernambuco. 

O edital 03/2013 foi lançado pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) em parceria com a Secretaria Estadual da Mulher. A chamada tem o objetivo de premiar os melhores trabalhos de estudantes do ensino médio, técnico subsequente, graduação e pós-graduação, além dos educadores. Foram apresentadas redações, artigos científicos, relatos ou projetos de experiência pedagógica e roteiros para documentário de curta metragem digital relacionados ao tema. 

A iniciativa é resultado de parceria com as secretarias estaduais de Educação, Ciência e Tecnologia; as fundações do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco e Joaquim Nabuco; além da Companhia Editora de Pernambuco e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco. 

O Prêmio Naíde Teodósio tem por objetivo estimular e fortalecer a produção crítica de conhecimentos sobre as relações de gênero, contribuindo para a promoção dos direitos das mulheres em sua diversidade. Os trabalhos devem abordar assuntos como violência doméstica e sexista, inserção das mulheres nos espaços de poder, meio ambiente, gravidez na adolescência, ciência, envelhecimento, entre outros. 

As premiações vão desde tablets e auxílios para participação em congressos no País (ACPs) – oferecidos pela Facepe aos professores do ensino médio regular e técnico subseqüentes, ganhadores da categoria “Relatos ou Projetos de Experiência Pedagógica – até valores em dinheiro que podem chegar a R$ 8 mil. O Roteiro para documentário de curta metragem vencedor será premiado com R$ 20 mil, para ser investido na produção do vídeo. Além deste valor, que será concedido pela Fundarpe, o ganhador também terá à disposição equipamentos cedidos pela Massangana Multimídia Produções, da Fundaj. 

Também as instituições de ensino do Estado com maior número de inscrições aceitas serão premiadas com diplomas de reconhecimento institucional, assinaturas da Revista Continente e kit de Produtos Culturais. Todos os trabalhos premiados, inclusive os que obtiverem menções honrosas, serão publicados no Livro do Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero – Ano VI. 

A cerimônia de premiação do Naíde Teodósio está prevista para o dia 02 de outubro deste ano. 

Confira a lista com os selecionados.

Facepe lança edital junto com o MIT para projetos de pesquisas em todas as áreas das ciências

Recife, terça-feira, 06 de agosto de 2013


A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT-EUA) lançam chamada pública para estimular pesquisadores doutores a apresentarem propostas de projetos de pesquisa em todas as áreas das ciências. O edital de Cooperação Internacional Facepe/MIT (07/2013) pretende apoiar a cooperação científica entre equipes de pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa no Estado de Pernambuco e equipes da instituição norteamericana. 

A data limite para submissão eletrônica das propostas é 23 de setembro de 2013. Elas devem ser apresentadas pelos pesquisadores coordenadores dos projetos, via Internet, simultaneamente, à Facepe (www.facepe.br), pelo coordenador brasileiro, e ao “MIT International Science and Technology Initiatives” – MISTI (http://web.mit.edu/misti), pelo coordenador estrangeiro. 

A Facepe custeará as despesas com o intercâmbio de pesquisadores e estudantes de pós-graduação, financiando passagens aéreas Brasil-EUA-Brasil, para missões de estudo, de pesquisa e de docência, de curta duração; diárias nos EUA; e seguro-saúde. A Fundação disponibilizou um total de R$ 280 mil para o financiamento, podendo cada projeto solicitar recursos de até R$ 35 mil. O mesmo projeto também receberá apoio financeiro do MIT, no valor de $15 mil. 

Estímulo à pesquisa em cooperação – No âmbito de acordos firmados com outras agências de fomento do Brasil e do Exterior, a Facepe tem buscado ampliar a participação de pesquisadores de Pernambuco em atividades de cooperação científica, mediante o apoio ao intercâmbio de pesquisadores e/ou o cofinanciamento de projetos de pesquisa cooperativa de classe mundial, elaborados e desenvolvidos por grupos de pesquisa de Pernambuco e de outros centros do País ou do Exterior. 

Em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Agence Nationale de La Recherche (França), por exemplo, são financiadas pesquisas cooperativas relacionadas à mudança global e à microbiologia-imunologia. Com o Institut National de Recherche en Informatique et Automatique, Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e Fundações de Amparo à Pesquisa do Brasil (FAPs) são apoiados estudos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) . 

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Aberta chamada pública de cooperação internacional para apoio a projetos em TICs

Recife, segunda-feira, 05 de agosto de 2013


A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), juntamente com outras Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa do Brasil (FAPs); o Institut National de Recherche en Informatique et Automatique (INRIA); e o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), por intermédio do INS2i – Institut des Sciences de l’Information et de leur Interactions, da França, lançam um edital para apresentação de projetos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs). 

O Edital Facepe 06/2013 – Cooperação Internacional Faps/INRIA/CNRS receberá propostas até 17 de setembro de 2013. O público-alvo são pesquisadores doutores, vinculados a instituições de caráter educativo, científico ou tecnológico (públicas ou privadas sem fins lucrativos), situados no Estado de Pernambuco. 

A chamada tem o objetivo de apoiar, de forma complementar, o desenvolvimento de projetos conjuntos de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, de grande impacto, financiando atividades de cooperação entre pesquisadores de Pernambuco e de outros estados brasileiros, com pesquisadores das duas instituições francesas. 

O apoio permitirá o fortalecimento e evolução institucional das cooperações já iniciadas e a indução de novas cooperações franco-brasileiras. 

As áreas de pesquisa em TICs de interesse do Edital incluem, em particular, o tratamento da informação; a comunicação e o armazenamento da informação; o tratamento de sinais, dos dados e dos conhecimentos; a modelagem e a simulação; as tecnologias de hardware e software; a concepção, a verificação e a otimização de componentes de software; a concepção, o comando e o controle de sistemas complexos; e as interfaces homem-máquina. 

As propostas serão avaliadas em quatro etapas: análise pela área técnica da Facepe; por Consultores ad hoc; análise, julgamento e classificação pelo comitê avaliador; aprovação pela diretoria da Facepe; e conciliação de resultados entre as instituições financiadoras. O Governo do Estado de Pernambuco destinou recursos da ordem de R$ 240 mil para o financiamento dos projetos selecionados. 

Os pesquisadores vinculados a instituições sediadas em outros estados do Brasil devem submeter seus projetos às FAPs copartícipes (veja a lista abaixo) do programa em seus estados. Os proponentes, grupos de pesquisa e especialistas vinculados ao INRIA ou ao INS2i-CNRS devem apresentar a estas instituições propostas de cooperação correspondentes. 

Atualmente, além da Facepe, mais oito Fundações de Amparo à Pesquisa aderiram à chamada conjunta: Fapeg (GO), Fapema (MA), Fapemig (MG), Fapergs (RS), Fapesb (BA), Fundação Araucária (PR), Fapesp (SP) e Faperj (RJ).

Estímulo à pesquisa em cooperação – No âmbito de acordos firmados com outras agências de fomento do Brasil e do Exterior, a Facepe tem buscado ampliar a participação de pesquisadores de Pernambuco em atividades de cooperação científica, mediante o apoio ao intercâmbio de pesquisadores e/ou o cofinanciamento de projetos de pesquisa cooperativa de classe mundial, elaborados e desenvolvidos por grupos de pesquisa de Pernambuco e de outros centros do País ou do Exterior. 

Em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Agence Nationale de La Recherche (França), por exemplo, são financiadas pesquisas cooperativas relacionadas à mudança global e à microbiologia-imunologia. Com o Massachusetts Institute of Technology (MIT – EUA), há intercâmbio em qualquer área do conhecimento. 

A Facepe também auxilia a mobilidade de alunos de pós-graduação para estágios em centros de pesquisa fora do Estado.

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Familiares, amigos e admiradores prestam a última homenagem ao cientista Ricardo Ferreira

Familiares, amigos e admiradores – entre eles o presidente da Facepe, Diogo Simões – foram ao local para se despedir do cientista, de 85 anos, que morreu ontem, em sua residência, no bairro de Casa Forte, em Recife. Os restos mortais do cientista foram cremados no início da tarde desta quarta.

 

Recife, quarta-feira, 31 de julho de 2013

O pesquisador morreu em casa, ontem pela manhã

Por Marcos da Silva

O corpo do pesquisador Ricardo Ferreira foi velado durante toda a manhã desta quarta-feira, 31, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Familiares, amigos e admiradores – entre eles o presidente da Facepe, Diogo Simões – foram ao local para se despedir do cientista, de 85 anos, que morreu ontem, em sua residência, no bairro de Casa Forte, em Recife. Os restos mortais do cientista foram cremados no início da tarde desta quarta.

Conhecido internacionalmente por seu trabalho como escritor, pesquisador e professor de renomadas instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife; Indiana University, Columbia University e Farlhan College, nos Estados Unidos, o doutor em química Ricardo Ferreira era respeitado por todos por sua competência profissional, generosidade e simpatia.

Depoimentos - “Ricardo marcou minha vida desde a adolescência, época em que li um manual de química, escrito por ele e Manuel Silva. Cheguei a pensar em cursar química, mas me convenci de que a minha vocação era a medicina. Convicto defensor do socialismo, Ricardo Ferreira foi um investigador e pensador de ponta que ajudou a formar outros pensadores aqui e fora do País”, destacou o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira.

“Um exemplo a ser seguido por professores e alunos”, resumiu o físico e ex-secretário das pastas de Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Anderson Gomes.

“Escrevi dois livros com Ricardo: “Mecânica Quântica” e “Simetria e Mecânica de Reações”. Fomos amigos por mais de 50 anos. Fui assistente dele nas escolas de Engenharia e Química e também aluno dele de pós-graduação, na cadeira de Mecânica Quântica. Ele me tinha como filho. Considero Ricardo, a maior expressão da fisicoquímica de toda a história da universidade brasileira”, disse o químico Roberto Kramer. 

“Ele era um professor espetacular. Na minha opinião, o maior cientista que o Brasil já teve. Escreveu trabalhos sobre muita coisa: física, química… Influenciou todos os que o conheceram”, lembrou o amigo, primeiro mestre em Química formado pelo professor Ricardo Ferreira e diretor científico da Facepe, Arnóbio Gama. 

Vida – “Aprendi muito com ele nos 17 anos em que moramos na mesma casa. Tenho muito orgulho dele. Dedicou a vida à ciência e sempre tratou as pessoas de forma igualitária, do presidente da República ao mendigo. Meu avô ainda guardava as cartas que trocou com a esposa enquanto namorados”, revelou o neto de Ricardo Ferreira, Pedro.

Ricardo Ferreira foi casado durante 57 anos com a dona de casa, Rosa Maria, também falecida. Entre namoro e casamento, os dois conviveram juntos por 64 anos. O pesquisador era professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), doutor honoris causis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF); membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1977; presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

Em 1996, recebeu do CNPq o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, considerado o maior prêmio da ciência brasileira. Ferreira foi pesquisador nível IA do CNPq desde 1976, passando a pesquisador emérito a partir de 2007.

Prêmio – Como reconhecimento da contribuição do pesquisador à ciência brasileira, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) criou, em 1997, o Prêmio Ricardo Ferreira, distribuído por ocasião das jornadas de Iniciação Científica promovida pela Facepe.

“A disciplina que mais marcou a minha vida na universidade foi História da Química, onde o professor Ricardo contava o que viveu na área. Pela importância dele para a ciência, a Facepe foi muito feliz em homenageá-lo em vida. Ele era a pessoa mais humilde do Mundo. Sempre disponível para ajudar as pessoas”, destacou o ex-aluno e atual gestor de programas de ciência, tecnologia e inovação da Facepe, Jayme Ribeiro.

 

Morre Ricardo Ferreira, um dos maiores cientistas do Brasil

Recife, terça-feira, 30 de julho de 2013

“Estudem, não apenas Química, mas também Matemática, Física, Português, História. Formem uma concepção racional do mundo. Adquiram uma cultura razoável nas artes, para que a vida seja prazerosa”, disse Ricardo, dirigindo-se a todos os jovens químicos do Brasil (entrevista exclusiva extraída de: R.F. de Farias, Para Gostar de ler a História da Química, vol. 2, Editora Átomo, Campinas, 2004.

 

O Brasil perdeu, na manhã desta terça-feira (30), um dos maiores nomes da ciência do País, Dr. Ricardo Ferreira. Um dos principais articuladores da comunidade científica e sociedade em torno da criação da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) em 1989, e membro do seu Conselho Superior nos anos de 1990 e 1991, professor Ricardo faleceu em sua casa, no Bairro de Casa Forte (Recife/PE), aos 85 anos. O corpo será velado nesta quarta-feira (31), a partir das 09h30, no Cemitério Morada da Paz (Região Metropolitana do Recife), e cremado às 14h, no mesmo local.

Ricardo de Carvalho Ferreira nasceu no Recife em 1928, filho de Antonio Ferreira (representante comercial) e Luiza de Carvalho Ferreira (professora pública entre 1915-1922). Em 1946 entrou para o Instituto de Química da USP, mas tendo se tornado um “dropout” em 1949, terminou bacharelando-se em Química pela Universidade Católica de Pernambuco (1952). No início de 1957 fez concurso para Livre-Docente na UFPE, recebendo também o título de D.Sc.

Com bolsa do CNPq passou este ano no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), trabalhando com J. Danon, seu verdadeiro orientador científico. Em 1958, através de Harry Miller, recebeu uma bolsa Rockefeller e esteve em Pasadena trabalhando com N.Davidson (1959-1960).

Em 1961 voltou ao CBPF, por convite de J. Danon, integrando um pequeno grupo de Química Teórica com Mário e Myriam Giambiagi. Desta interação resultou o primeiro trabalho em Química Quântica realizado inteiramente no Brasil, com um computador do IBGE; a molécula estudada foi a de piridina.

Em 1963, depois de se tornar Professor Titular na UFPE, passou um ano como Professor Visitante na Indiana University, que mantinha convênio com a recém-criada UNB. Tendo ocorrido o Golpe de Estado de 1964, ficou nos Estados Unidos: Indiana (1964), Columbia University (1965), e no Farlham College (1967-1971).

Esteve sempre engajado em métodos semiempíricos de Química Quântica, tendo usado o conceito de eletronegatividade para estudar propriedades moleculares. Em 1967 publicou um artigo de revisão sobre o assunto no Adv. Chem. Phys.

Voltando ao Recife, foi convidado, em 1973, para integrar o novo departamento de Física da UFPE. Pôde, então, orientar alunos de pós-graduação, entre eles, o atual diretor-científico da Facepe, Arnóbio Gama, primeiro mestre formado sob sua orientação. Passou a trabalhar em problemas mais tipicamente de Física Atômica-Molecular (simetria de orbitais, moléculas em campos magnéticos intensos etc.). Com a criação, em 1983, do Departamento de Química Fundamental, e depois de passar 7 anos entre a UFSCarlos e o CBPF, voltou a integrar o Corpo Docente do novo Departamento em 1986.

Na terceira estada no CBPF (1980-1985) passou a se interessar por problemas de Biologia Molecular, nos quais continuava trabalhando ultimamente. Publicou, então, uma teoria sobre a oxigenação da hemoglobina (com S. Jacchieri) e vários trabalhos sobre Biogênese, inicialmente com a notável colaboração de C. Tsallis.

Em 1990 publicou pela EDUSP-ED. UNB, um livro sobre “Bates, Darwin, Wallace e a Teoria da Evolução”. Este livro lhe deu grande satisfação e muito trabalho. Publicou, também, vários trabalhos sobre História da Ciência, resenhas de livros etc., notadamente em Ciência e Cultura.

No ano de 1997, a Facepe Instituiu o Prêmio Ricardo Ferreira, um reconhecimento em vida a um dos mais importantes cientistas pernambucanos da atualidade, pela enorme contribuição para a ciência brasileira. O prêmio foi criado com o objetivo de reconhecer a excelência da produção científica de pesquisadores de Pernambuco e tem sido regularmente concedido aos melhores trabalhos apresentados nas jornadas de Iniciação Científica da Fundação.

Ricardo Ferreira recebeu inúmeros prêmios pela sua vida voltada para a ciência, principalmente nas áreas de Física, Química e Biologia. Aposentado em 1994, continuava trabalhando, e como Pesquisador do CNPq orientava bolsistas de Doutorado e de Mestrado.  Em 1995 e 1996, o Governo Federal, via MCTI-CNPq concedeu-lhe duas honras acadêmicas: a Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e o Prêmio Álvaro Alberto (1996), que jamais esperou receber.

Ricardo Ferreira era professor emérito das universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal de Alagoas (UFAL), doutor honoris causis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador emérito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 1977.

Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), era pesquisador nível IA do CNPq desde 1976, passando a pesquisador emérito a partir de 2007.

Ricardo Ferreira era casado com Rosa Maria Ferreira e deixou quatro filhos.


Títulos

Bacharel (Ciências químicas) – Universidade Católica de Pernambuco, UNICAP – 1952.
Doutor (Ciências) – Universidade Federal de Pernambuco, UFPE – 1957.
Livre-docente – UFPE – 1957.
Research Fellow – California Institute of Technology – 1959.
Professor adjunto – Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF – 1961.
Professor titular (Química inorgânica) – UFPE – 1962.
Professor visitante – Centro Latinoamericano de Física – 1962.
Research Associate – Indiana University, Bloomington – 1963/1964.
Visiting Associate Professor – Columbia University, N.Y.City – 1965.
Associate Professor – Earlham College, Richmond, Indiana, USA – 1968/1971.
Professeur Extraordinaire – Université de Genève – julho a dezembro de 1975.
Pesquisador titular – CBPF/CNPq – 1980/1985.
Visiting Research Fellow – UCSD, La Jolla, CA – 1991/1993, 1995/1996 e 1998.

Comissões

Membro do CA/Química do CNPq – 1976/1977.
Membro do Conselho Deliberativo do CNPq – 1989/1991.
Membro do Conselho da FACEPE – 1990/1991.

Participações

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – 1950/ …
Sociedade Brasileira de Física (Membro) – 1973/ …
Sociedade Brasileira de Química (Sócio Fundador, 1º Vice-Presidente – 1977/1980 e Presidente – 1980/1982).
Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Membro Titular) – 1980/…

Posições

Professor emérito

Universidade Federal de Pernambuco
abr/2001 – presente

Pesquisador emérito
Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
jan/1999 – presente

Prêmios

Condecorações

Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico – Presidente da República do Brasil – jun/1995

Medalhas

Medalha Simão Mathias – Sociedade Brasileira de Química – 1997

Prêmios

Prêmio Almirante Álvaro Alberto (Química) – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – 1996

Títulos Honoríficos

Pesquisador Emérito – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – abr/2007

Publicações Selecionadas

FERREIRA, R. C. 1998 . Tetrahedral bond angle. J. Chem. Educ. vol. 75 , p. 1087 –

SOARES, T. A. , GOOSELL, D. S. , BRIGGS, J. M. and FERREIRA, R. C. 1999 . Docking of 4-Oxalocrotonate tautomerase substrates. Biopol. vol. 50 , p. 319 – 328

LINS, R. D. , SOARES, T. A. , LONGO, R. and FERREIRA, R. C. 1999 . Water accessibilaty and the racemization rates of 7- and 23 – ASP residues in the – b amyloid 1028 peptide. Z. Naturf. vol. C54 , p. 264 – 270

CAVALCANTI, A. R. O. , BARROS NETO, B. and FERREIRA, R. C. 2000 . On the classes of amino-acyl-tRNA synthetases and the error minimization in the genetic code. Journal of Theoretical Biology. vol. 204 , p. 15 – 20

FERREIRA, R. C. , SOARES, T. A. , BRIGGS, J. M. , GOOSELL, D. S. and OLSON, A. J. 2000 . Ionizatio state and molecular docking studies of the microphage migration inhibitory factor: the role of Lys 32. J. Molecular Recognition. vol. 13 , p. 146 – 156

CAVALCANTI, A. R. O. and FERREIRA, R. C. 2001 . On the relative content of G,C bases in codons of amino-acids corresponding to class I and II tRNA synthetases. Origins of Life. vol. 31 , p. 257 – 270

*Fonte: Academia Brasileira de Ciências

 


Prêmio Fundação Bunge anuncia contemplados do ano

Recife, terça-feira, 30 de julho de 2013

Klaus Reichardt e Leyla Perrone Moisés são os contemplados deste ano com o Prêmio Fundação Bunge nas áreas de Recursos Hídricos/Agricultura e Crítica Literária, respectivamente. Na categoria Juventude o agraciado em Recursos Hídricos para a Agricultura é Samuel Beskow e em Crítica Literária o contemplado é Alexandre Nodari.

O anúncio dos agraciados foi feito no último dia 26 de julho, logo após a reunião do Grande Júri – do qual faz parte o presidente da Facepe, Diogo Simões – colegiado formado por representantes de entidades científicas e reitores das principais universidades brasileiras, realizada tradicionalmente no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Prêmio foi criado há 58 anos para incentivar a inovação nas diversas áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. A categoria “Vida e Obra” reconhece o trabalho de um pesquisador, cujos projetos desenvolvidos representam um patrimônio importante para o País. Já a categoria “Juventude” destaca um profissional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.

A cerimônia de premiação será realizada em outubro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Os agraciados receberão R$ 135 mil cada um (categoria Vida e Obra) e R$ 50 mil (categoria Juventude), além de diplomas e medalhas.

Saiba mais sobre os contemplados 2013:

Recursos Hídricos/Agricultura

Klaus Reichardt – Vida e Obra

O paulista da cidade de Santos, Klaus Reichardt, de 72 anos, possui graduação e doutorado em Agronomia pela Universidade de São Paulo, livre-docência em Física e Meteorologia, pela mesma instituição e PhD em Ciência do Solo, pela Universidade da Califórnia. É reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho nas áreas de aplicação de energia nuclear na agricultura, agrometeorologia e física da água no solo.

Colaborou com assuntos pioneiros, como a Tomografia Computadorizada para medida de água no solo, escalonamento de propriedades físicas do solo relacionadas à retenção de água, bem como com geoestatísticas e state space, base de trabalhos na área de agricultura de precisão. Participou ainda da elaboração de três softwares sobre cálculo de características e propriedades hídricas do solo. Foi chefe da seção de solos e irrigação do programa conjunto FAO/IAEA de técnicas nucleares para alimentos e agricultura, em Viena, Áustria e professor dos Colleges in Soil Physics, do Centro Internacional de Física Teórica das Nações Unidas em Trieste, Itália.

Publicou mais de 200 trabalhos em revistas científicas, nacionais e internacionais, além de 17 capítulos de livros. Orientou 31 dissertações de mestrado e 34 teses de doutorado. Atualmente é professor titular aposentado e pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo, fellow da Soil Science Society of America e da American Society of Agronomy, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Third World Academy of Sciences e bolsista de produtividade em pesquisa 1A do CNPq. Recebeu diversos prêmios e títulos, como Comendador na Ordem nacional do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Prêmio Jabuti, como colaborador da Enciclopédia Agrícola, publicada pela Edusp.

Samuel Beskow – Juventude

O gaúcho, da cidade de Pelotas, Samuel Beskow, tem 31 anos, é formado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Pelotas, possui mestrado em Engenharia Agrícola na área de Irrigação e Drenagem e doutorado em Engenharia Agrícola na área de Engenharia de Água e Solo, ambos pela Universidade Federal de Lavras. Seu doutorado foi realizado na modalidade “sanduíche”, junto à Purdue University, dos Estados Unidos e seu pós-doutorado na Universidade Federal de Pelotas, como bolsista da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

Beskow tem significativa importância para o crescimento da área de pesquisa em Engenharia de Água e Solo. Seus trabalhos de mestrado e doutorado tiveram como temas, respectivamente, A estimativa das perdas de água em sistemas de irrigação por aspersão e A modelagem hidrológica de bacias em ambiente SIG. Em ambos os casos destaca-se pela contribuição inovadora, pelo rigor científico e pela amplitude da aplicação de seus resultados. Como produto de sua tese de doutorado, Beskow criou um modelo de simulação hidrológica, que recebeu o nome de LASH, Lavras Simulation Hydrology.

Atualmente é professor adjunto na área de hidrologia na Universidade Federal de Pelotas, onde coordena o Laboratório de Simulação Hidrológica e Processamento de Dados e também o Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos. Já publicou diversos artigos e capítulos de livros e atua como revisor em vários periódicos nacionais e internacionais.

Crítica Literária

Leyla Beatriz Perrone Moisés – Vida e Obra

A paulistana, de 1936, Leyla Beatriz Perrone Moisés, é graduada em Letras Latinas, com doutorado em Língua/Literatura e Livre-Docência, todos pela Universidade de São Paulo – USP. Sua produção, vasta e significativa, demonstra sua trajetória de pesquisa e a coloca hoje entre os profissionais da área mais reconhecidos nacional e internacionalmente. Seus livros, relevantes para as pesquisas de literatura brasileira, bem como de literatura francesa e portuguesa, são utilizados em cursos de graduação e pós-graduação em todo o Brasil e muitos tiveram diversas edições e foram traduzidos para outras línguas.

Leyla lecionou em diversas universidades do Brasil e do exterior, como a Universidade de Montreal, Yale University, Sorbonne e École Pratique de Hautes Études e coordenou o Núcleo de Pesquisa Brasil-França do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1988 a 2010. É professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP desde 1996. Tem atuado na área de Letras, em especial com os temas literatura moderna, crítica e ensaio. De forma sistemática também trabalha em prol da difusão da crítica literária e da leitura de textos representativos de nossa tradição literária.

Escreveu cerca de 90 artigos, 30 livros e centenas de textos para jornais e revistas. Sua atuação já lhe rendeu diversos prêmios e títulos como o Prêmio Jabuti Ensaios, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Alejandro José Cabassa, da União Brasileira de Escritores e o Oficcer de L’Ordre dês Palmes Académiques, do Ministério da Educação do Governo Francês.

Alexandre André Nodari – Juventude

Alexandre André Nodari nasceu em Florianópolis, Santa Catarina, em 1983. Graduado em Direito, com mestrado em Literatura e Doutorado em Teoria Literária, todos pela Universidade Federal de Santa Catarina, Nodari, apesar da pouca idade, tem produção intensa, grande capacidade de discussão teórica e amplo domínio de bibliografia sobre cultura brasileira. Ele é responsável pelo panfleto político-cultural Sopro, publicação de destaque na área, ligada a um grupo de intensa atividade de crítica e difusão literária, o Cultura e Barbárie.

Elaborou importante tese de doutorado na área de crítica literária, com tese sobre o conceito de censura, além de diversos artigos, publicados em periódicos nacionais e internacionais, capítulos de livros e textos para jornais e revistas. Colabora ainda com a formação de novas gerações, ministrando em cursos de pós-graduação de universidades brasileiras e estrangeiras, como a Universidade de Buenos Aires.

Para mais informações sobre o Prêmio Fundação Bunge acesse:
http://www.fundacaobunge.org.br/projetos/premio-fundacao-bunge/

*Fonte:  Prêmio Fundação Bunge

 

Primeiro transporte oceanográfico construído no Brasil estuda a acidez marítima do litoral de Pernambuco

Recife, segunda-feira, 29 de julho de 2013

A expedição da embarcação Alpha Delphini ao Estado teve apoio da Facepe e FAPESP

Por Marcos da Silva

O primeiro transporte oceanográfico inteiramente construído no Brasil percorreu, nos últimos 15 dias, pontos importantes do litoral pernambucano para a realização de estudos sobre a acidez marítima. O barco Alpha Delphini transportou uma equipe de 20 pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de São Paulo (USP), acompanhados de alunos de graduação e pós-graduação das duas instituições.

Durante a viagem, os cientistas fizeram a coleta de água, sedimentos e microrganismos, à procura de indicadores do processo de acidificação marinha na costa pernambucana. O percurso do barco pesquisador compreendeu o trecho entre o Porto do Recife e a ilha de Itamaracá, tomando como referência o arquipélago de Fernando de Noronha.

A poluição que chega ao mar vem pelos rios Capibaribe, Beberibe e afluentes, que transportam grandes quantidades de matéria orgânica para a área costeira, o que resulta em aumento da quantidade de CO2 dissolvido na água. Nesta primeira expedição, a equipe coletou algas e sedimentos para ver o estado da água, a degradação ambiental, a profundidade em que estão estes sedimentos e qual a concentração de carbono que existe neles.

“Com a acidez excessiva haverá perda da biodiversidade marinha e da riqueza natural do litoral pernambucano. As esponjas e os corais, que possuem estruturas ricas em carbonatos, serão as primeiras espécies afetadas”, ressalta o biólogo e oceanógrafo Manuel Flores Montes, da UFPE. De acordo com ele, esta pesquisa possibilita a utilização dos novos equipamentos e a parceria entre as duas universidades. “A oceanografia é uma área da ciência muito ampla. Engloba química, física, geografia, geologia. O trabalho superou as nossas expectativas”.

Dentro do projeto, financiado pela Facepe e FAPESP, estão previstas três expedições da embarcação oceanográfica pelo litoral do Estado. Nesta primeira, o barco pesquisador ficou no Recife até o último dia 23 de julho, quando seguiu para Fernando de Noronha. O Alpha Delphini chegou ao arquipélago no dia 25. Os pesquisadores trabalharam até o dia 26, data em que voltaram ao Recife. Já na Capital, prosseguiram com a coleta, finalizando na Ilha de Itamaracá. Todo o estudo sobre a vida e a água marinhas terá duração de dois anos.

Alpha Delphini - Construído pela USP com recursos da ordem de R$6 milhões, do governo de São Paulo, o Alpha Delphini tem 26 metros de comprimento, navega com o auxílio de oito tripulantes e autonomia de dez dias em alto-mar, sem a necessidade de reabastecimento. A embarcação possui ampla cozinha, um refeitório, três laboratórios, sala de comando, sala de controle, uma sala de reuniões, seis dormitórios e sete banheiros. Os alojamentos podem acomodar oito tripulantes e dez pesquisadores que se revezam, caso o número de passageiros seja maior. 

A expedição pelo litoral pernambucano é financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Uma nova coleta de resíduos para o teste da acidez marinha na costa pernambucana acontece nos meses de setembro e outubro deste ano, por pesquisadores da UFPE.

Confira as imagens no Facebook de Facepe.

 

 

 

 

Facepe fica em 5º lugar no ranking da Infraero

Recife, sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em abril, Fundação ficou em 7º lugar. Em junho, passou para a 5ª posição

 

Por Marcos da Silva

 

Mais uma vez, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) ficou entre as dez primeiras empresas mais bem colocadas no Ranking de Eficiência Logística dos Aeroportos da Região Nordeste da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Em junho, a Facepe ficou em 5º lugar contra a 7ª posição que ocupou em abril. Desta vez, o tempo médio para armazenagem, despacho e desembaraço das mercadorias importadas pela Facepe foi de 38h50.

O Ranking de Eficiência Logística foi criado pela Infraero, em maio deste ano, para estimular as empresas que utilizam os serviços aeroportuários a serem mais ágeis no processo que vai da estocagem à retirada dos produtos.

Aliada à rapidez no processo de retirada das encomendas estocadas no armazém da Infraero está a economia, já que os valores das diárias são calculados levando em conta o volume, peso, valor, tipo de armazenamento (se, em freezer ou geladeira, por exemplo), tipo de carga (se, perigosa, como solventes ou radioativa) e tempo de permanência das encomendas no local. Ao final de um ano, os primeiros do Ranking serão homenageados.

“O pesquisador, bolsista da Facepe, é o responsável pelo pagamento das taxas do documento de arrecadação e importação (DAI). Desde o momento em que a mercadoria está pronta para ser embarcada, nós da Fundação acompanhamos o processo e informamos ao pesquisador a chegada ao Recife”, revela o assessor técnico de importação da Facepe, Olímpio Gomes.

A Infraero postou mensagem na página do Facebook da Facepe parabenizando a Fundação pelo seu desempenho.