Pesquisadores pernambucanos apresentam respostas científicas para epidemia do ZIKA

Pernambuco aporta recursos através da Facepe que já lançou edital de R$3 milhões para poio aos estudos já estruturados do vírus

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Pesquisadores pernambucanos integrantes da Faculdade de Odontologia de Pernambuco, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação – Secti – estão dando respostas científicas às lacunas do conhecimento para o enfrentamento da epidemia do ZIKA Vírus em Pernambuco com o exames de radiografias odontológicas crianças nascidas com microcefalia cujas mães foram testadas positivamente para o ZIKAV.

No resultado, os bebês apresentaram os dentes formados no mesmo padrão das crianças sem afecção. Essas crianças foram diagnosticadas e estão sendo acompanhado pelo Departamento de Doenças Infecto Contagiosas Infantil, no Hospital Osvaldo Cruz, da mesma Universidade. A primeira hipótese da pesquisa é que se a doença tem atingido a mãe entre a 6ª e a 10ª semana de vida intra uterina, os dentes não teriam se formado, uma vez que o folículo dentário se origina do mesmo tecido embrionário de onde se forma o sistema nervoso central. A segunda hipótese é que os dentes apresentarão defeitos de estrutura, o que os deixará mais predispostos à cárie.

A equipe de Odontologia é integrante do Programa Mestrado e Doutorado da FOP coordenada pela Profª. Aronita Rosenblatt, o aluno de doutorado, Arnoldo Filho, e as alunas de Mestrado, Mabel Paiva e Manuela Arauld. Para Aronnita, a importância do estudo é fundamental. “Os pacientes com microcefalia e outras afecções do sistema nervoso central apresentam defeitos de esmalte dentário e esse estudo, além de gerar novos conhecimentos, permitirá que crianças tenham aplicações periódicas com um produto anticarie desenvolvido pelo mesmo grupo de pesquisadores que continuarão examinado essas crianças em um grupo de 77 indivíduos, até os cinco anos de idade, quando serão observados os dentes permanentes” afirma.