Realizada 1ª Reunião de apresentação dos projetos apoiados pelo edital IPECTI, nas temáticas Energias Renováveis e Descarbonização, e Cidades Inteligentes e Resilientes
O encontro abordou o planejamento e o trabalho dos Institutos Pernambucanos de Ciência, Tecnologia e Inovação, voltados às temáticas de energias renováveis e descarbonização, bem como cidades inteligentes e resilientes, com o apoio do Governo de Pernambuco
Ocorreu na manhã da última quarta-feira(03), na sede da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE, a primeira reunião para apresentação dos dois projetos aprovados no âmbito dos editais 16/2024 e 20/2024, para estabelecimento dos Institutos Pernambucanos de Ciência, Tecnologia e Inovação - IPECTIs . O primeiro projeto aborda a temática de Energias Renováveis e Descarbonização, o segundo Cidades Inteligentes e Resilientes. Os projetos visam desenvolver redes de pesquisa e inovação de forma sinérgica e multidisciplinar para a consolidação de competências e do avanço do conhecimento científico, tecnológico e de inovação nas respectivas áreas, no Estado de Pernambuco.
Ambos os projetos iniciaram em outubro de 2024 e a FACEPE convidou a coordenação e membros das equipes para levarem ao conhecimento da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (SEMAS-PE), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC-PE) e da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), perspectivas e desafios das propostas apresentadas, ações já realizadas, consolidação dos grupos formados, além de etapas a avançar no próximo semestre. Além disso, o encontro serviu para oportunizar a interação e troca de informações e conhecimento entre os órgãos e os membros dos projetos, promovendo possibilidades de aproveitamento e aplicabilidade de serviços, tecnologia e produtos das pesquisas, pelo Governo do Estado.
De acordo com a presidente da FACEPE, Fernanda Pimentel, a fundação, ciente dos grupos de pesquisadores descentralizados que atuavam em diferentes regiões de Pernambuco, elaborou os editais e estimulou a formação dos Institutos Pernambucanos de Ciência, Tecnologia e Inovação – IPECTIs, para mediar um diálogo único entre os pesquisadores, capazes de apontar soluções únicas e eficientes para os gargalos já diagnosticados.
“O principal objetivo do IPECTI é fazer com que os pesquisadores que já atuam nessas áreas se juntem e trabalhem, de forma sinérgica, para criarem uma rede de pesquisa que procure atender e solucionar os empecilhos que atingem o estado”, afirmou.
Entre as secretarias presentes, a SEMAS-PE foi representada pela Secretária Executiva de Sustentabilidade, Karla Godoy, e pelo Chefe de Gabinete, Danilo Nogueira. A SDEC-PE foi representada pelo Secretário Executivo de Energia, Guilherme Sá, e a APAC pela Diretora de Regulação e Monitoramento, Crystianne Rosal, assim como pelo Gerente de Monitoramento e Recursos Hídricos, Kássio Kramer.
Um dos projetos contemplados pela iniciativa é a Rede de Pesquisa e Inovação em Energias Renováveis e Descarbonização (Rede ZeroC-PE). Rômulo Menezes, coordenador do grupo de pesquisa e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apresentou as diretrizes do projeto, que conta com uma rede de pesquisadores de universidades e centros de ensino de Pernambuco, de estados vizinhos e de fora do país. A atuação da rede está focada no armazenamento do gás carbônico emitido na atmosfera e na descarbonização, eixo abordado pelo primeiro edital do IPECTI.

Professor da UFPE, Rômulo Menezes, apresenta proposições sobre Energias Renováveis e Descarbonização.
Na ocasião, após apresentação do Rede ZeroC-PE, Jones Albuquerque, professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), abordou o projeto contemplado pelo segundo edital. Como foco em cidades inteligentes e resilientes, a iniciativa aborda ações para atenuar os riscos de inundações, alagamentos e enchentes nos centros urbanos pernambucanos, especialmente os situados na Região Metropolitana do Recife. A ideia da proposta é auxiliar no mapeamento dos pontos de alagamento e no desenvolvimento de tecnologias que ajudem a antecipar grandes índices de precipitações, permitindo que as autoridades locais elaborem ações estratégicas emergenciais, como o disparo em massa de alertas por telefone para a população.

Com foco em Cidades Inteligentes e Resilientes, professor da UFRPE, Jones Albuquerque, aborda ações e estratégias, a partir do uso de ferramentas tecnológicas, para atenuar riscos de inundações, alagamentos e enchentes.
Os membros das secretarias, na reunião, puderam conhecer os detalhes dos projetos, redes de pesquisadores e outros atores envolvidos, além de esclarecer dúvidas, dar orientações e estabelecer canais de comunicação.
“A área de energias renováveis e descarbonização é fundamental para a SEMAS. Nós sempre estamos em busca de novos investimentos para Pernambuco para que possamos trabalhar pela redução das desigualdades no nosso estado. Estamos falando de um processo de descarbonização eficiente, justo e que acolha aquela parcela da população que mais será impactada pelas mudanças climáticas”, ressaltou a secretária executiva de sustentabilidade da SEMAS-PE, Karla Godoy.

Secretária Executiva de Sustentabilidade da SEMAS-PE, Karla Godoy, participa do debate com os pesquisadores sobre as propostas apresentadas.
Institutos Pernambucanos de Ciência, Tecnologia e Inovação (IPECTIs)
Lançados em maio e junho de 2024, respectivamente, os dois editais lançados pela FACEPE, vinculada à SECTI, promoveram a criação de dois IPECTIs, com um investimento total de R$ 4 milhões, cada. As iniciativas estabelecem um prazo máximo de 60 meses (cinco anos) para a execução total das metas traçadas pelos projetos contemplados.
“É um projeto de apoio de longo prazo. Sabemos que os problemas apresentados são históricos e complexos. Eles não podem ser resolvidos nem rapidamente e nem com uma única linha de pensamento. Demandam tempo, visões, competências e experiências distintas”, enfatizou Fernanda Pimentel.