Governo de Pernambuco reforça protagonismo feminino e inclusão na ciência durante debate na SBPC Mulher
Facepe destaca ações estruturantes para ampliar a presença de mulheres nos espaços de decisão e fomentar políticas públicas inclusivas
A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) teve participação de destaque na programação da SBPC Mulher, realizada durante a 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Recife, no Campus da UFRPE. Com o tema “Ações Institucionais para Construção da Equidade de Gênero”, a roda de conversa foi conduzida nesta segunda-feira (14) pela diretora-presidente da Facepe, Fernanda Pimentel, e reuniu representantes do poder público, da academia e da sociedade civil para discutir o papel das mulheres nos espaços de decisão e a importância de políticas públicas voltadas à inclusão. Também participaram da roda de conversa Letícia de Oliveira ( Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro- Faperj e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-Capes) e Maria Lúcia Braga (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq).
Durante sua apresentação, Fernanda Pimentel ressaltou o compromisso da Facepe com a equidade de gênero e a valorização da diversidade, destacando os avanços recentes implementados pela fundação. Entre eles, estão medidas como a prorrogação de bolsas por motivo de maternidade, a criação da Comissão de Equidade, Diversidade e Inclusão (EDI), além da publicação de editais voltados exclusivamente a mulheres pesquisadoras e empreendedoras. Somente em 2024, foram investidos mais de R$ 4,5 milhões nessas iniciativas. Em 2025, o edital Pernambucanas Inovadoras destina R$ 2,1 milhões a projetos liderados por mulheres em instituições científicas e tecnológicas.
Fernanda também destacou ações afirmativas que vêm promovendo a inclusão de grupos historicamente excluídos. A Facepe reserva cotas em Programas de Iniciação Científica para pessoas negras, indígenas, quilombolas, ciganas, trans e com deficiência, e financia iniciativas como o Programa Solano Trindade, voltado à equidade étnico-racial, com aporte de R$ 2,5 milhões.
A presidente da Fundação fez questão de enaltecer o protagonismo feminino em espaços de poder e no ecossistema científico pernambucano, citando lideranças como a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; a governadora Raquel Lyra; a vice-governadora Priscila Krause; a reitora da UFRPE, Maria José de Sena; a reitora da UPE, Maria do Socorro Cavalcanti, além de gestoras da própria Facepe e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Secti-PE).
Casos de sucesso também foram apresentados durante o debate, como o da cientista Fernanda Tenório, à frente da startup Moire LAB, vencedora da categoria Audiovisual e Games no festival Rio2C; e o projeto de apicultura sustentável desenvolvido no Sertão pela professora Renata Valéria, que será levado à COP30.
Fernanda Pimentel celebrou ainda os resultados das políticas afirmativas da fundação em suas premiações: três das cinco categorias do Prêmio Facepe 2025 foram conquistadas por mulheres, e duas pesquisadoras pernambucanas foram indicadas à etapa nacional do Prêmio Confap de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Ao encerrar sua fala, a presidente da Facepe reforçou a missão da Fundação de construir uma ciência socialmente comprometida e acessível a todos os territórios: “Nosso desafio foi transformar presença em protagonismo, com equidade e ciência aplicada ao desenvolvimento sustentável”, afirmou.
A coordenadora da Comissão SBPC Mulher, professora titular da UFRPE, Rosário Andrade destacou a importância da participação de Fernanda Pimentel no debate sobre o papel das mulheres nos espaços de decisão e sobre como construir políticas públicas inclusivas — que considerem gênero, raça, idade, maternidade e outros marcadores sociais.
A participação da Facepe na SBPC Mulher evidenciou o papel estratégico da ciência como ferramenta de transformação e reafirmou o compromisso do Governo de Pernambuco com uma política científica pautada na inclusão e na justiça social.
