Fernando Jucá é nomeado presidente da FACEPE pelo governador Paulo Câmara nesta segunda-feira, dia 15

Fotos: Ailton Pedroza

Fotos: Ailton Pedroza

O Governador Paulo Câmara assinou, na manhã desta segunda-feira (15/07), a nomeação do professor Fernando Jucá para a Presidência da Facepe. Fernando Jucá é especialista em resíduos, energia e bioenergias, já foi presidente do ITEP e do Cetene.

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Discurso de posse do novo presidente da FACEPE
FACEPE (criada pela Lei Estadual 10.401 de 26/12/1989).
Inicialmente gostaria de agradecer ao excelentíssimo governador do Estado (Paulo Câmara), ao Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Aluísio Lessa), ao ex Ministro de C&T (Sérgio Rezende), a ex Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Lúcia Melo), pela indicação; além do apoio e incentivo de todos vocês para que eu assumisse esta tarefa.
Esta tarefa é ainda mais desafiadora pelo momento político que o País está passando, com mudanças que afetam fortemente a vida das pessoas.
Especificamente as áreas de Ciência e Tecnologia, além da área de Educação, vemos como muita preocupação, uma desconstrução do que foi realizado nos governos anteriores.
Neste contexto nacional, Pernambuco dá sua resposta, valorizando a inovação, criando editais de apoio às universidades e empresas. Aumentando o número de bolsas de pesquisa em todo o Estado, de forma a minimizar os cortes das principais agências nacionais (CNPq e CAPES).
Não se poderia esperar outra coisa do Estado que nunca aceitou as imposições de Brasília, um Estado que sempre se destacou no cenário da política nacional, mas também na Ciência e Tecnologia. Aqui tivemos dois grandes ministros (Eduardo Campos e Sérgio Rezende) e vários diretores no CNPq, CAPES, Embrapa e CGEE, entre outros. Neste período houveram grandes investimentos em infraestrutura e capital humano em C&T no Estado. Neste sentido, estou seguro que o Governo do Estado continuará priorizando investimentos no setor, mas que podem e devem ser ampliados com parcerias externas, nacionais e internacionais.
Este ano a FACEPE completa 30 anos. É a primeira instituição de amparo à pesquisa do Norte e Nordeste e a sexta criada no País pelo então governador Miguel Arraes. É uma instituição que desde sua criação foi conduzida por pessoas da mais alta competência, comprometidas com a Ciência e Tecnologia no Estado. Neste sentido me sinto orgulhoso pela indicação, mas também muito comprometido com o trabalho a ser feito.
Nossa missão será promover a ciência, tecnologia e inovação em Pernambuco, visando o desenvolvimento do Estado, da comunidade científica, do setor empresarial e da sociedade em geral. Estamos comprometidos em fortalecer as relações entre a comunidade técnico cientifica, as instituições de C&T com as empresas, indústrias e os municípios do Estado.
Pernambuco já possui uma boa infraestrutura de P&D, com competências em recursos humanos e laboratórios nos centros de pesquisa e universidades em diversas regiões do Estado. Acredito que uma maior capilaridade dessa informação, com transparência e articulação, possam ajudar as parcerias para inovação. Acho também que o desenvolvimento tecnológico e a inovação não se constrói apenas com a vontade da FACEPE e do Governo, nem só com os institutos de pesquisa e universidades, mas sim, com todas as partes envolvidas, incluindo as empresas, indústrias e municípios. A nossa proposta para a FACEPE será fruto deste conjunto da sociedade, de um compromisso entre as partes, com base nas estratégias de ciência, tecnologia e inovação prevista no plano 2017-2022.
O conhecimento gerado nos institutos de pesquisa e universidades deve transbordar para a sociedade de forma que haja consequências no desenvolvimento do Estado e na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Espera-se assim:
  • Ampliar o apoio a estudos e pesquisas em C&T com foco nos temas prioritários de Pernambuco;
  • Apoiar à formação de capital humano de alto nível; lembrando que Pernambuco não tem uma grande área territorial, portanto seu maior patrimônio são seus recursos humanos;
  • Estabelecer relações entre o conhecimento (academias e institutos) e a demanda por inovação das empresas, indústrias e municípios do Estado, no contexto do Sistema Pernambucano de Inovação – SPIn;
  • Elaborar projetos em P&D na busca de recursos adicionais ao orçamento Estadual;
  • Levar estudos e pesquisas aos municípios, apoiados pelo processo de interiorização do conhecimento. Esta ação tem uma conexão com o Programa de Territórios Inovadores, com foco na diversidade da estrutura econômica do Estado (gesso, laticínio, fármaco, TI, agricultura inteligente, confecções, metal-mecânica, etc.);
  • Melhorar as ações de cooperação internacional com foco nas necessidades do Estado;
  • Investir em novos projetos em áreas portadoras de futuro, com base nos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável do milênio propostos pela ONU.
Finalmente, nosso maior desafio será o que já foi dito pelo Governador Miguel Arraes há vários anos: “Fazer com que o conhecimento (C&T&I) atinja a maior parte da população e não apenas os mais favorecidos”.
Muito obrigado
José Fernando Thomé Jucá
15/07/2019.

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