Brasil e Comunidade Europeia pesquisarão juntos biocombustíveis avançados

Projeto Comunidade Européia

 (foto: CTBE)

O projeto BioValue – Valorização de Cadeia Produtiva descentralizada de biomassa visando à produção de biocombustíveis avançados: desenvolvimento e avaliação de rotas termoquímicas integradas à produção da biomassa – foi aprovado no âmbito da chamada conjunta da Comissão Europeia, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

O MCTIC e a Confap contaram com a cooperação entre as fundações de amparo à pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), Pernambuco (FACEPE), Rio Grande do Sul (FAPERGS), Rio de Janeiro (Faperj) e São Paulo (FAPESP) o que possibilitou montar o financiamento para os grupos de pesquisa do Brasil envolvidos no projeto.

O projeto aprovado no âmbito do programa Horizon 2020 envolve grupos de pesquisa de cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo) e seis grandes empresas, além dos grupos europeus.

Proposto pelo consórcio brasileiro, o projeto BioValue está alinhado ao consórcio parceiro europeu – BECOOL, com 14 instituições envolvidas, beneficiando-se assim das sinergias e complementaridades, do know how e das experiências do Brasil e da Europa a respeito de biomassa e da produção de biocombustíveis lignocelulósico.

Coordenado pelo pesquisador Antonio Bonomi, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) – que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) – o projeto de pesquisa selecionado seguirá as normas do Programa FAPESP Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e envolverá pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto Agronômico (IAC), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Centro Universitário FEI (FEI), das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Viçosa (UFV), Uberlândia (UFU), de Santa Maria (UFSM) e de Itajubá (Unifei), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), além de pesquisadores das empresas Petrobras, Embraer, Boeing, Fibria, Klabin e Valmet, que cofinanciarão a pesquisa.

Os objetivos da proposta BioValue são: desenvolvimento de novos sistemas agrícolas, considerando a diversificação de culturas e resíduos lignocelulósicos para a produção de biocombustíveis; logística e processos de conversão eficientes para as biomassas, incluindo as rotas bioquímicas e termoquímicas; avaliações integradas da sustentabilidade técnica, econômica, ambiental e social das cadeias de valor.